Governo discute ações para reduzir efeitos do avanço do mar em Guarajuba

A Prefeitura de Camaçari está agindo para reduzir os impactos causados pelo avanço do mar na Praia do Porto, em Guarajuba. Com as mudanças climáticas, a intensidade das ondas no local tem causado um aumento do processo de erosão na região, resultando no desabamento do calçadão existente à beira mar, derrubando coqueiros, além de desmontar parte do enrocamento de contenção instalado preventivamente em um trecho da praia.

Buscando soluções que minimizem o impacto e garantam a permanência de uma faixa mínima de uso público entre o mar e os empreendimentos da região, na manhã desta quinta-feira (21/03), o secretário de Turismo, Gilvan Souza, e a assessora especial do prefeito, a urbanista Juliana Paes, se reuniram com o superintendente do Patrimônio da União na Bahia, Salomão José de Santana. Na oportunidade, foram apresentados os relatórios da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e da Defesa Civil, sobre o processo de erosão e a necessidade, em regime de emergência, de uma intervenção no local.

No relatório da Defesa Civil, o coordenador Ivanaldo Soares informa que, após vistoria técnica na área que apresenta maior comprometimento pela erosão, foi determinada a interdição, “no intuito de alertar e prevenir acidentes envolvendo vidas humanas”. O documento, assinado pelo engenheiro civil Raimundo José Ferreira, relata sobre o risco iminente de um novo deslizamento e solicita providências imediatas.

O levantamento da Sedur também indica a urgência para elaboração de um plano de intervenção e aponta que o processo de erosão atinge um trecho de aproximadamente um quilômetro ao longo da Praia do Porto. “O que estamos buscando é uma alternativa de intervenção no sentido de preservar a área de domínio público que é usada para lazer e acesso da população em geral, além de ser símbolo de identidade da comunidade de Guarajuba, a exemplo do calçadão”, explica a urbanista Juliana Paes.

Na reunião, ficou definida a formação de uma mesa de diálogo envolvendo a Superintendência do Patrimônio da União (SPU), a Prefeitura de Camaçari, o Ministério Público e os órgãos ambientais estaduais para buscar uma solução técnica que não represente prejuízos futuros a área de praia e de domínio público. “No momento, estamos em fase de planejamento e diagnóstico. A Prefeitura tem estudos e projetos para intervenção no local, mas precisa da liberação dos órgãos responsáveis para intervir nessa área que é de domínio da União. Preventivamente, o prefeito Elinaldo liberou a estrutura necessária para intervenções após essa liberação”, informa o secretário de Turismo, Gilvan Souza.

Reunião de membros do executivo municipal com o representante da
Superintendência do Patrimônio da União