A megaoperação Angerona chegou ao terceiro dia, nesta quarta-feira (23), com cerca de 1.600 custodiados revistados, em mais de 241 celas, de oito pavilhões do Conjunto Penal de Feira de Santana. Durante as ações da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) foram apreendidos aparelhos celulares, cartões de memória, pendrives e anotações que irão subsidiar as apurações sobre a possível relação de internos com criminosos do lado de fora da unidade prisional.
Todo material apreendido pela Polícia Penal/Seap é coletado por meio de um mecanismo de tratamento de provas, denominado Cadeia de Custódia, cujo objetivo é preservar a integridade dos vestígios, a origem desde arrecadação até o destino final, que poderá ser um processo judicial ou a destruição. Essa atividade é realizada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio do Grupo Especial de Combate as Organizações Criminosas e Investigações (Gaeco), o que proporciona maior consistência, legalidade e consolidação dos resultados alcançados pelas equipes da Seap durante as ações.
Com autorização do Poder Judiciário, o material é encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde será periciado. A Polícia Penal acompanha todo processo de análise dos objetos e as apurações, por meio da Coordenação de Monitoração e Avaliação do Sistema Prisional (CMASP), que coleta e organiza as informações.
A partir dos resultados das análises e investigações, a Seap realizará novos planos de ação para coibir a relação entre internos e criminosos nas ruas. Paralelamente são realizadas apurações internas acerca da conduta dos policiais penais e demais servidores da Seap.
A Angerona é coordenada pela Superintendência de Gestão Prisional (SGP), com a atuação do Grupamento Especializado em Operações Prisionais (GEOP), da Central de Monitoração Eletrônica de Pessoas (CMEP), Grupo de Segurança Institucional (GSI).
A megaoperação conta também com a integração da da Secretaria da Segurança de Segurança Pública (SSP-BA), por meio da Polícia Militar e a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
Texto: Nucom Seap