Tarifas de Trump atingem aço brasileiro: impactos e estratégias de adaptação

Homem usando máscara de proteção trabalha numa usina siderúrgica. 2/3/2020. China Daily via REUTERS

As tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio dos Estados Unidos, anunciadas pelo presidente Donald Trump, começaram a valer nesta quarta-feira (12/03). A medida, que visa proteger a indústria norte-americana, afeta diretamente o Brasil, um dos principais fornecedores de aço para os EUA.

A decisão de Trump faz parte de uma estratégia de protecionismo comercial, que busca fortalecer a produção interna e reduzir a dependência de produtos estrangeiros. O presidente americano afirmou que é essencial que o aço e o alumínio sejam produzidos nos Estados Unidos, e não em terras estrangeiras.

O impacto das tarifas sobre o Brasil é significativo. Em 2024, o Brasil exportou 4,1 milhões de toneladas de aço para os EUA, sendo o segundo maior fornecedor, atrás apenas do Canadá. Com a entrada em vigor das tarifas, espera-se uma diminuição nas exportações brasileiras, o que pode levar a uma redução na produção e, consequentemente, na geração de empregos no setor siderúrgico.

Além disso, a medida pode afetar a economia brasileira como um todo, reduzindo a circulação de dólares no país e desvalorizando o real frente ao dólar. As empresas brasileiras que atuam no mercado de exportação de aço e alumínio terão que buscar novos mercados para escoar sua produção, enfrentando desafios adicionais para manter sua competitividade.

A resposta do governo brasileiro ainda é incerta, mas espera-se que medidas sejam tomadas para mitigar os efeitos das tarifas e proteger a indústria nacional. Enquanto isso, o setor siderúrgico brasileiro enfrenta um cenário desafiador, com a necessidade de adaptação às novas condições impostas pelo protecionismo norte-americano.