Os moradores de Cristalina, no interior de Goiás, vivem dias de choque e luto após a morte de uma adolescente de 15 anos que se negou a namorar outro adolescente, que confessou o crime. “Matei porque ela não queria me namorar”, contou o rapaz, em depoimento.
Amanda dos Santos Silva voltava da escola, na tarde de sexta-feira (2), quando foi atacada na porta de casa pelo jovem. Antes de adentrar a residência, em um lote formado por um complexo de quitinetes, ela foi puxada pelo braço e arrastada até o imóvel do autor do ato infracional, que está à disposição da Justiça.
Armado com um facão de 30 centímetros, ele a ameaçou por não querer um relacionamento e, segundo a polícia, a estuprou antes de atingi-la com os golpes de arma branca.
O pai de Amanda, que é cadeirante, ainda ouviu os gritos de socorro da filha, mas, em razão de sua mobilidade reduzida, não conseguiu arrombar a porta.
Momentos depois, e com a ajuda de dois vizinhos, conseguiu invadir o imóvel, onde encontraram a vítima nua e ensanguentada. Na ocorrência policial, consta que o pai ainda gritou para que o jovem parasse as agressões, mas foi ignorado.
Tentativa de linchamento
Após os golpes que levaram Amanda à morte, o adolescente tentou fugir do local, mas foi contido por moradores da região. Ele chegou a ser espancado e só não foi morto porque a policiais militares contiveram os populares.
Na delegacia, o autor confesso do crime disse ter obrigado Amanda a ingerir compridos de Rohypnol. A ideia era que ela ficasse grogue e não resistisse durante a violência sexual.
O adolescente responderá por atos infracionais análogos aos crimes de homicídio qualificado e estupro. Por ser menor de idade, pode ser sentenciado a, no máximo, 3 anos de internação em unidades socioeducativas. As informações são do Metrópoles.
Via Correio