advogado baiano João Carlos Novaes, alvo de mandados de busca e operação na última quinta-feira (19), no âmbito da Operação Faroeste, é acusado de movimentar, de forma suspeita, R$ 29 milhões.
De acordo com decisão do ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), os valores foram obtidos pela Unidade de Inteligência Financeira (UIF), antigo Coaf.
A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) aponta que a maior parte da quantia, no valor de R$ 23,1 milhões, está ligada ao suposto cônsul de Guiné-Bissau, Adailton Maturino, acusado de ser o principal mentor do esquema de grilagem no oeste baiano.
João Carlos Novaes é indicado, na denúncia do MPF, como o elo entre empresários e magistrados do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), sendo que muitos nomes ainda não foram mencionados nas denúncias da Faroeste.
Na última quinta-feira, o advogado foi alvo de mandados de busca e apreensão no apartamento onde mora, no Itaigara, e no escritório, localizado na Rua Chile. O ministro Og Fernandes destacou que, em diálogo interceptado, João Carlos aparece conversando com um homem sobre os repasses feitos por Adailton Maturino.
Na conversa ele diz que a fonte secou, porque “seu Adailton está devendo”. O advogado ainda complementou: “A gente recebe, cada um, R$ 30 mil por mês; sete meses, fora o grande que ele me repassava”.
O ministro do STJ destacou que há fortes indícios de participação do advogado no esquema de venda de sentenças que levou ao afastamento de juízes e desembargadores do TJ-BA. Informações do Bnews.