O Colégio Municipal Doutor João Paim, onde estuda a maior parte das crianças que foi hospitalizada depois de passar mal em São Sebastião do Passé, na região metropolitana de Salvador, segue interditado nesta segunda-feira (17).
Segundo informações da prefeitura, 221 crianças com idades entre 11 e 13 anos, deram em hospitais da Bahia, com sintomas semelhantes: enjoo, diarreia, vômitos, febre e corpo mole.
Após os sintomas, as crianças foram atendidas e medicadas no Hospital Municipal Albino Leitão. Na manhã de sexta-feira (14), no entanto, outras cinco crianças, de colégios particulares, que não tiveram os nomes divulgados, apresentaram os mesmos sintomas. Elas também foram encaminhadas para a unidade hospitalar.
Do total de 221 crianças, 206 foram atendidas e já receberam alta. Quinze foram transferidas e destas, cinco ainda estão no Hospital Santo Antônio, em Salvador, e duas no hospital de Catu, cidade a cerca de 27 km de São Sebastião do Passé.
A água fornecida no Colégio Municipal Doutor João Paim está sendo analisada pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), em Salvador. Não há previsão de quando o resultado será divulgado. A suspeita é de que haja uma contaminação da água. A instituição é abastecida com água de um poço.
A prefeitura informou que foi solicitada uma instalação de água para a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), na unidade de ensino. Equipes da empresa já trabalham no local.
A gestão municipal informou ainda que o governo do estado ofereceu duas escolas estaduais para que o ano letivo da rede municipal não seja alterado diante das circunstâncias. Entretanto, inicialmente não será necessário o uso da estrutura das unidades de ensino.
Não há detalhes sobre a data de quando o Colégio Doutor João Paim será liberado. Além da água, amostras do lanche do colégio também foram colhidas na quinta-feira e encaminhadas para o Lacen.
Ainda de acordo com a prefeitura, é quase que descartada a hipótese de que os sintomas foram provocados pela merenda, já que nem todos os estudantes consumiram o lanche da escola.
Um gabinete de crise envolvendo integrantes da prefeitura, a Polícia Civil e a Sesab, foi formado para apurar e acompanhar a situação. Informações do G1.