O ataque a tiros mais sangrento da história moderna do Canadá, que terminou com 23 mortos no último fim de semana, começou como um caso de violência doméstica quando o suposto autor do massacre agrediu a namorada.
A Polícia Montada do Canadá (RCMP) revelou em uma entrevista coletiva nesta sexta-feira (24) que o homem de 51 anos, bateu na companheira e a agrediu na noite de sábado, pouco antes de começar a atirar em mais de 20 pessoas que encontrou em várias comunidades rurais na província de Nova Escócia, no leste do país.
A mulher, que sobreviveu às agressões, conseguiu fugir e se esconder na mata até o início da manhã de domingo. Quando foi localizada pelas forças de segurança, a vítima, cuja identidade não foi revelada pelas autoridades, avisou aos policiais que o suspeito estava vestido com um uniforme da RCMP e viajou em um veículo que parecia uma patrulha.
Explosão de violência
O Superintendente da polícia, Darren Campbell, declarou que o ataque à namorada pode ter desencadeado a explosão de violência que o homem demonstrou nas 14 horas seguintes, até ter sido morto por dois agentes de segurança na manhã de domingo.
Após dias de silêncio e evasões, a Polícia Montada hoje concedeu uma explicação detalhada das ações do homem, que durante horas conseguiu percorrer dezenas de quilômetros matando pessoas conhecidas e desconhecidas sem ser detido pelas forças de segurança. As autoridades acreditam que o uso da farda e da viatura facilitaram os crimes.
O denturista conseguiu enganar um homem da RCMP, Chad Morrison, que foi baleado no início da manhã de domingo. O agente, que estava esperando em uma estrada por outra policial, Heidi Stevenson, escapou e buscar assistência médica. Entretanto, a colega não teve a mesma sorte e foi assassinada a tiros.
Campbell destacou ainda que, embora não tivesse licença de porte, Wortman conseguiu comprar armas de fogo no Canadá e nos Estados Unidos, tanto pistolas quanto espingardas. Ele foi morto no domingo quando parou em um posto de gasolina e foi acidentalmente localizado por dois integrantes da RCMP. Dá Agência EFE.