O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesse domingo (7) que ordenou a retirada dos 3,9 mil reservistas da Guarda Nacional que haviam sido enviados à capital do país para conter os protestos contra o racismo e a violência policial.
“Acabo de dar ordem à Guarda Nacional para iniciar o processo de retirada de Washington agora que tudo está sob perfeito controle. Eles vão para casa, mas podem voltar rapidamente se precisarmos deles”, declarou o presidente no Twitter.
Cerca de 3,9 mil reservistas da Guarda Nacional de 11 dos 50 estados dos EUA foram enviados à capital no fim de semana passado, quando protestos pacíficos levaram a motins, saques e confrontos com as forças de segurança. O objetivo desses homens era ajudar a polícia municipal de Washington, que havia sido sobrecarregada.
Além disso, 1,2 mil reservistas da Guarda Nacional de Washington já participaram do contingente de segurança e permanecerão ativos por enquanto.
A Guarda Nacional Americana nasceu em 1636 como uma milícia e agora é uma força voluntária sob o controle dos governadores, que muitas vezes a ativam para restaurar a ordem em situações graves, como motins ou desastres naturais. No caso de Washington, que tem menos autonomia que os estados, o presidente tem a capacidade de ativar reservistas de outros estados e enviá-los para a cidade.
A presença dessas tropas nas ruas da capital tem provocado tensão entre Trump e a prefeita, a democrata afro-americana Muriel Bowser, que neste mesmo domingo descreveu a operação como uma “invasão” durante uma entrevista à “Fox”.
Bowser já havia pedido ao chefe de Estado para remover os reservistas porque, em muitos casos, eles não estavam usando crachás para serem identificados.
No último sábado (6), milhares de pessoas saíram às ruas em Washington no maior protesto desde o assassinato de George Floyd, homem negro de 46 anos que foi sufocado por um policial branco em Minneapolis, no estado de Minnesota.
A manifestação foi pacífica: houve danças, cantos e expressões artísticas, enquanto as forças de segurança estavam em pequenos grupos com uma atitude descontraída e sem capacetes ou coletes à prova de balas. Informações da Agência EFE.