A França informou nessa sexta-feira (26) que baixará os dados das caixas-pretas de um avião de passageiros ucraniano derrubado por um míssil iraniano em janeiro, amenizando um impasse sobre o local em que os equipamentos deveriam ser analisadas.
A agência de investigação de acidentes aéreos francesa BEA disse que agirá a pedido do Irã — que, segundo regras globais, continua responsável pela realização de um inquérito formal do acidente depois de admitir que o Boeing 737 foi abatido por suas forças.
O voo da Ukraine International Airlines foi derrubado no dia 8 de janeiro por um míssil terra-ar iraniano que matou 176 pessoas, o que Teerã descreveu como um “erro desastroso” em um momento de tensões elevadas com os Estados Unidos.
O trabalho de reparar e baixar os gravadores de voz e dados da cabine de voo começará no dia 20 de julho, disse a BEA.
Autoridades de aviação do Canadá, que perdeu 57 cidadãos no acidente, disseram que enviarão uma equipe a Paris para participar.
O embaixador do Irã na agência de aviação da Organização das Nações Unidas (ONU) disse à Reuters mais cedo neste mês que a Comissão de Investigação de Acidentes Aéreos do país pediu à BEA para analisar as caixas pretas, mas isso foi seguido por comunicados ministeriais conflitantes.
O comunicado desta sexta-feira leva a crer que autoridades ocidentais e iranianas acompanharão juntas o trabalho técnico da BEA, mas uma pessoa que acompanha o caso não descartou mudanças de última hora.
Pelas diretrizes da ONU, investigadores de acidentes dos EUA e da Ucrânia estão credenciados para a investigação, mas não se confirmou de imediato se eles viajarão para a França. Informações da Agência Reuters.