A hipertensão arterial exige mais cuidados nas pessoas com diabetes porque a doença representa mais um fator de envelhecimento vascular, que predispõe a Acidente Vascular Cerebral (AVC), enfarte. Por isso, foram definidos novos parâmetros para a hipertensão no diabético – 13/8 – que deve ser mais baixo do que o padrão aceitável para a população em geral: 14/9.Estima-se que entre 30 a 40% dos diabéticos apresentam hipertensão arterial.
As informações são da cardiologista Lucélia Magalhães, do Centro de Atenção Especializada, da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) que no próximo dia 7 de maio, será a palestrante da sessão temática em diabetes, abordando o “Controle da Hipertensão Arterial e Diabetes: Novos Parâmetros”. A sessão, sempre na primeira terça-feira, iniciativa do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia (Cedeba) por meio da Coordenação de Educação em Diabetes e Apoio à Rede (Codar), acontece no auditório do Centro de Atenção à Saúde (CAS),das 9 às 11h30.
PREVENÇÃO É MUITO IMPORTANTE
A sessão temática que o Cedeba realiza mensalmente tem como clientela a equipe multidisciplinar(Saúde da Família, Centros de Referência e instituições de ensino superior). Participam profissionais da Atenção Básica, da capital e do interior, que têm a oportunidade de atualização em temas sobre diabetes.
Na opinião de Lucélia Magalhães, o tratamento da hipertensão, além dos medicamentos – é muito importante seguir a prescrição médica, quanto às doses e horários – passa também por cuidados na alimentação, que exigem ainda mais atenção nos diabéticos. “Os cuidados devem ser redobrados”. A alimentação – explicou – deve ser pobre em sódio (sal) e gorduras (o diabético tem mais possibilidade de desenvolver ateromas(placas de gordura) e rica em fibras. É muito importante também evitar os carboidratos simples (representado pelos açúcares).
Os cuidados com a alimentação, segundo a especialista, são muito importantes para manter a glicemia sob controle, porque o diabetes descompensado aumenta o risco de complicações vasculares. E se o paciente é hipertenso, o risco é em dobro.
Para completar os cuidados que ajudam a controlar a glicemia e a hipertensão arterial, a cardiologista ressalta a importância da atividade física, importante caminho para manter o peso. Mas – alerta – o início de qualquer programa de exercício físico exige avaliação prévia. O teste de esforço sinalizará o ritmo dos exercícios.
A hipertensão no diabético exige controle (os parâmetros tornaram -se mais rígidos). Além dos cuidados na prevenção, exames como o mapa da pressão, o ecocardiograma são importantes para avaliação de riscos.
Mas segundo Lucélia Magalhães, educar o paciente, conscientizando-o sobre a adesão ao tratamento é fundamental, porque hipertensão é doença crônica, cujo tratamento tem que ser continuado.
Ascom do Cedeba
Cedeba/hipertensaodiabetes