A taxa de desocupação ficou em 13,1% na semana de 21 a 27 de junho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Covid (Pnad Covid), divulgada nesta sexta-feira (17/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A taxa ficou acima tanto dos 12,3% registrados na semana anterior quanto dos 10,5% da primeira semana de maio, primeira semana de referência da nova pesquisa do IBGE. Eram 12,4 milhões de desempregados na semana de 21 a 27 de junho, indicando que 2,6 milhões de trabalhadores passaram ao desemprego desde a primeira semana de maio.
O contingente de pessoas sem emprego sobe para 39,4 milhões quando se leva em conta a população não ocupada que não procurou trabalho (ou seja, fora da força de trabalho), mas que gostaria de trabalhar. Dos 26,9 milhões fora da força que gostariam de trabalhar, 17,8 milhões deixaram de buscar um emprego por causa da pandemia de Covid-19 ou por falta de trabalho em sua localidade.
A população ocupada ficou em 82,5 milhões de pessoas na semana de 21 a 27 de junho, primeira queda em relação às semanas anteriores — na semana de 14 a 20 de junho, a população ocupada era de 84 milhões de trabalhadores.
A relativa estabilidade na população ocupada semana a semana indicava que as perdas de empregos — seja com demissões, seja com trabalhadores informais desistindo de trabalhar — haviam parado desde o início de maio. A comparação com a população ocupada na primeira semana de maio sinaliza para o fechamento de 1,4 milhão de vagas nesse período.
Do total de ocupados, 12,5% (10,3 milhões de trabalhadores) estavam afastados por causa de medidas de isolamento social relacionados à Covid-19, abaixo dos 19,8% da primeira semana de maio. Essa proporção vem se reduzindo semana a semana, sinalizando para um retorno dos trabalhadores a suas atividades.
Ainda entre os ocupados, 8,6 milhões, ou 12,4% do total, exerciam suas atividades remotamente, trabalhando de casa. Esse contingente tem se mantido estável desde o início da Pnad Covid.
O contingente de trabalhadores ocupados em atividades tidas como informais somou 28,5 milhões na semana de 20 a 27 de junho. Assim, a taxa de informalidade subiu para 34,5%, ante 33% na semana anterior. Na primeira semana de maio, a taxa de informalidade estava em 35,7%, informou o IBGE.
A nova pesquisa é uma versão da Pnad Contínua, planejada em parceria com o Ministério da Saúde, para levantar dados sobre o mercado de trabalho e saúde. A coleta mobiliza cerca de 2 mil agentes do IBGE, que levantam informações de 193,6 mil domicílios distribuídos em 3.364 municípios de todos os estados do país. Informações do Estadão Conteúdo.