Uma investigação sobre o presidente da Fifa, Gianni Infantino, foi aberta em meio ao caso de corrupção conhecido com o nome de FIFAgate, anunciou a justiça suíça nesta quinta-feira, 30.
O promotor federal extraordinário “abre um processo criminal contra o presidente da FIFA, Gianni Infantino, e o primeiro promotor do cantão de Haut-Valais, Rinaldo Arnold”, principalmente por “abuso de autoridade”, “violação do sigilo de função” e “obstrução da ação criminal”, diz o comunicado.
O anúncio foi feito uma semana depois do pedido de demissão do procurador-geral suíço Michael Lauber, questionado por sua gestão do FIFAgate e suspeito de conluio com Infantino.
Lauber, então responsável pela investigação sobre o FIFAgate, e Infantino, se encontraram de forma informal em vários ocasiões em 2016 e 2017, o que provocou dúvidas sobre um eventual conluio.
O procurador federal extraordinário Stefan Keller, nomeado no fim de junho para examinar as denúncias penais apresentadas contra Lauber e Infantino, pediu a retirada da imunidade do primeiro para também ter condições de iniciar um processo contra ele.
Ele concluiu que “existem elementos que constituem um comportamento questionável” após um dos encontros entre Michael Lauber, o presidente da FifA e o primeiro promotor do cantão de Haut-Valais, Rinaldo Arnold.
O FIFAgate começou com a operação da polícia de Zurique contra dirigentes da Fifa no hotel Baur au Lac em 2015. Na ocasião, a entidade era presidida por Sepp Blatter.
Mais de 40 pessoas foram indiciadas até o momento pela justiça americana no “FIFAgate”, que revelou um vasto sistema de corrupção.
Na Suíça, mais de 20 processos relacionados com a Fifa foram abertos nos últimos cinco anos.