Um pesquisa divulgada, nesta quarta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que a inflação de Salvador e da Região Metropolitana (RMS) fechou o mês de agosto com alta de 0,13%.
O resultado desacelerou em relação a julho (0,62%), ficou abaixo do índice do país como um todo (0,24%), mas foi a maior inflação para um mês de agosto, na RMS, desde 2015 (0,41%).
De acordo com o IBGE, a alta foi resultado de aumentos verificados em cinco de nove grupos de produtos e serviços que compõem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo IPCA, medida oficial da inflação. [Confira a tabela no final da reportagem].
Os grupos que registraram maiores aumento foram: habitação (0,85%), saúde (0,62%) e comunicação (1,75%). O acesso à internet teve o maior aumento dentre os produtos e serviços investigados pelo IPCA na RMS, cerca de 12,18%.
Por outro lado, os serviços de educação, e de alimentos e bebidas tiveram quedas de -2,49% e -0,19%, respectivamente, e ajudaram a puxar a inflação para baixo.
Os alimentos tiveram sua primeira variação negativa em 2020, depois de terem ajudado a puxar a alta da inflação em todos os meses do ano. Houve quedas tanto na alimentação em casa (-0,14%) quanto na alimentação fora (-0,32%). Cebola (-23,30%), batata-inglesa (-21,11%) e banana-prata (-15,02%) foram alguns itens alimentícios que mais ajudaram a conter a inflação de agosto, na RMS.
A queda nos preços do grupo educação (-2,49%) foi recorde: a mais intensa desde o início do plano Real, em 1994. As retrações nos preços do ensino fundamental (-4,83%) e na pré-escola (-8,78%) foram as principais influências.
Em 2020, o IPCA da RMS acumula alta geral de 1,48% no ano e continua acima do verificado no Brasil como um todo (0,70%). Nos últimos 12 meses (encerrando em agosto), a inflação acumulada na RMS também acelerou para 3,23% e se mantém maior que a nacional (2,44%).