O Ministério Público da Bahia (MP-BA) investiga o abandono de oito elevadores instalados para ajudar na acessibilidade de pessoas com dificuldade de locomoção às passarelas de Salvador. Os equipamentos foram instalados na região da Via Expressa há três anos e custaram R$ 15 milhões.
De acordo com a promotora Rita Tourinho, reuniões foram realizadas com a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e a Secretaria de Mobilidade de Salvador (Semob), mas a pandemia atrapalhou as negociações.
Ainda segundo a promotora, se o impasse não for resolvido até outubro, o caso será levado para a Justiça.
“Essa questão provavelmente será judicializada, uma vez que é um equipamento que no qual foi feito o investimento de recursos públicos e há efetiva necessidade de utilização dos mesmos”, disse ela.
Os elevadores ficam nas quatro passarelas da Via Expressa e nunca chegaram a ser usados. Além do abandono, os equipamentos acumulam entulhos, depredações e lixo.
Imbróglio
O imbróglio envolvendo os elevadores começou em 2013, quando os equipamentos começaram a ser instalados, com a entrega da Via Expressa.
Quatro anos depois, em 2017 a Conder informou ao município que concluiu a instalação dos elevadores. Para o funcionamento, os equipamentos precisavam passar por uma vistoria da prefeitura. Em janeiro de 2016, a Conder encaminhou documento à Semob informando que o funcionamento e a capacidade dos elevadores foram avaliados por técnicos da própria Semob.
Além disso, o documento dizia ainda que os equipamentos estavam à espera de operação, pela prefeitura de Salvador. Só que a Semob informou que nunca recebeu da Conder a gestão dos elevadores, por isso o caso foi parar no MP-BA. Via G1.