Até na Índia, país do críquete, as homenagens a Diego Maradona se multiplicam. Desde o anúncio da morte, na quarta-feira (25), torcedores, fãs e jornalistas locais se aglomeram no hotel Blue Nile, em Cannanore, no sul da Índia, onde o jogador de futebol esteve hospedado em 2012.
O dono do hotel, Ravindran Veleimbra, ainda se lembra do dia em que Maradona entrou no prédio. “Nosso Deus entrou. Ele estava na nossa frente”, disse à AFP. Desde então, o quarto 309 onde ele dormia virou um museu e todos os objetos tocados pelo argentino foram preservados como relíquia.
“É um dia de luto para nós. Ele agarrou o braço na hora de sair e ainda sinto”, lembra o proprietário, que planeja colocar uma estátua em sua memória.
“Conservamos os talheres, os produtos de higiene e até o bouquet de flores que demos a ele. As flores estão secas, mas está tudo emoldurado”, explica Ravindran.
As cascas de camarão de uma salada que Maradona comeu naquela ocasião também foram cuidadosamente preservadas e estão expostas. Bolas de futebol e menu assinado também são exibidos.
“As pessoas pedem-nos especificamente que fiquemos na suíte do Maradona. Tudo o que ele tocou continua intacto e os seus fãs querem vivê-lo”, acrescenta Veleimbra.
Até mesmo um músico local compôs uma música em homenagem ao astro argentino e a música não para de tocar nas televisões locais.
Em Kokalta, no leste da Índia, seguidores de “Pelusa” se reúnem em frente a uma efígie dele, inaugurada pelo próprio Maradona em 2017.
Muitos deles colocaram flores e mensagens ao pé do monumento de bronze de 3,6 m de altura em que o atleta ergue a Copa do Mundo de 1986. Da AFP.