Desfalcado, Bahia perde para o São Paulo e cai a invencibilidade na Fonte

Com desfalques por lesão, suspensão, Covid e até poupados para a decisão da próxima terça (pela Sul-Americana, contra o Unión Santa Fé, na Argentina), o Bahia até jogou bem no primeiro tempo, mas, enfraquecido, caiu demais na segunda etapa e não segurou o São Paulo, que venceu por 3 a 1.

O resultado fez o Esquadrão, agora com a defesa mais vazada do Brasileiro (37 gols sofridos), perder a invencibilidade desde a volta dos jogos na Fonte Nova – até então, eram quatro partidas e quatro triunfos – e também viu quebrada a série de cinco partidas sem perder para o Tricolor paulista.

Com quatro pontos de vantagem sobre a zona de rebaixamento, o Bahia pode ver cair o número para três se o Vasco (17º) não perder amanhã. Após o desafio continental, o Tricolor baiano volta a jogar pela Série A no próximo sábado, novamente na Fonte Nova, às 19h, contra o Ceará.

Início positivo

Apesar de todos os problemas e desfalques, o Bahia iniciou bem a partida. A estratégia de se fechar na defesa e apostar na velocidade de jogadores como Alesson e Rossi nos contra-ataques, acionados pelo ‘falso 9’ Rodriguinho, deu certo – na medida do possível.

Apesar de não ter tido uma grande chance de gol, o Esquadrão chegou mais vezes com algum perigo do que o São Paulo. Aos quatro minutos, Rossi foi lançado em velocidade, mas adiantou demais, perdeu o ângulo e chutou em cima do goleiro Tiago Volpi. Brenner respondeu com chute da entrada da área três minutos depois. Douglas defendeu. Aos 12, Rossi, o jogador mais ativo em campo, cruzou e Rodriguinho testou para fora.

Mesmo burocrático durante quase todo tempo, o São Paulo teve a melhor oportunidade da etapa inicial, aos 15 minutos, quando Brenner fez linda tabela com Luciano, mas exagerou na força e bateu por cima.

Em outro avanço do Bahia, aos 26, estabeleceu-se a maior polêmica do primeiro tempo. Após cruzamento em cobrança de falta, a bola foi afastada pela zaga paulista e Tiago Volpi, que pretendia socar a bola, acertou o rosto de Ernando. O árbitro Leandro Vuaden foi chamado pelo VAR, mas não deu o pênalti. Ernando precisou ser atendido, com sangramento, mas voltou a campo.

Por conta do longo tempo parado para atendimento e revisão da arbitragem, o jogo perdeu ritmo e emoção. Mas, nos minutos finais, o Bahia voltou a assustar. Lançado por Rodriguinho aos 39 minutos, Rossi perdeu a chance de finalizar ao dar um toque de calcanhar para ninguém. Depois, aos 43, Alesson pegou uma sobra na área, mas carimbou a zaga.

O São Paulo teve outra boa chance já nos acréscimos, aos 52 minutos. Douglas parou a cabeçada de Arboleda.

Com uma atuação fraca na primeira etapa, o técnico Fernando Diniz deixou o São Paulo mais ofensivo para o tempo complementar, trocando os defensores Juanfran e Léo pelos meio-campistas Tchê Tchê e Vitor Ferraz. Surtiu efeito rapidamente. O Tricolor paulista ocupou o campo de ataque e, aos cinco minutos, Luciano arriscou de fora. Douglas espalmo.

Aos sete, o mesmo Luciano abriu o marcador em lance que misturou sua esperteza a um grande vacilo. Reinaldo cobrou lateral para a área, Ernando não conseguiu afastar, Douglas não saiu bem e Luciano emendou de bicicleta para balançar a rede.

Em desvantagem, o Bahia partiu para mudanças mais ousadas, com as entradas de Daniel, Élber e Saldanha. Logo depois das mexidas, porém, veio um golpe duro: o segundo gol paulista, aos 20 minutos. Reinaldo cobrou escanteio e Arboleda marcou de cabeça.

Abalado, o Esquadrão definhou de vez e viu Luciano matar a parada aos 28 minutos. Ele recebeu passe preciso de Reinaldo e, da entrada da área, chutou com categoria para ampliar. Clayson ainda diminuiu aos 35, ao receber passe de Nino e bater de primeira, mas o princípio de reação parou por aí.

BAHIA

Douglas

Edson

Ernando

Juninho

Matheus Bahia

Gregore

Elias (Nino)

Ramon (Élber)

Rossi (Clayson)

Alesson (Saldanha)

Rodriguinho (Daniel)

T: Mano Menezes

SÃO PAULO

Tiago Volpi

Juanfran (V. Ferraz)

Arboleda

Léo (Tchê Tchê)

Reinaldo

Luan

Daniel Alves

I. Gomes (R. Nestor)

G. Sara (Hernanes)

Luciano (Pablo)

Brenner

T: Fernando Diniz

Gols: Luciano, aos 7 e aos 28,

Arboleda, aos 20, e Clayson, aos 35 minutos do 2º tempo

LOCAL: Arena Fonte Nova, em Salvador (BA) ÁRBITRO: Leandro Pedro Vuaden ASSISTENTES: Ivan Carlos Bohn e Luciano Roggenbaum (trio do Rio Grande do Sul) CARTÕES AMARELOS: Daniel Alves e Gabriel Sara (São Paulo). Informações do Portal A Tarde.