Em dois anos, Vitória trocou o técnico oito vezes; Mazola estreia amanhã

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Mais uma “era de treinadores” se inicia no Vitória. Agora será a vez de Mazola Júnior colocar a mão na massa e moldar o que vai ser o Leão na reta final da Série B do Campeonato Brasileiro. A estreia do novo treinador no comando do clube será na sexta-feira (11), quando o time baiano receberá o Cruzeiro, às 21h30, no Barradão.

Aos 55 anos, Mazola chega ao clube para ocupar o posto que era de Eduardo Barroca – que deixou o rubro-negro para assumir o Botafogo, na Série A -, e repete um movimento que tem sido rotina na Toca do Leão.

Em apenas dois anos, o Vitória teve oito treinadores diferentes. Uma média de um profissional a cada três meses. Na gestão Paulo Carneiro, foram sete técnicos, sendo seis deles contratados pelo atual presidente.

Para se ter uma ideia, só no ano passado, cinco treinadores passaram pelo comando do clube. O baiano Marcelo Chamusca começou a temporada, ainda na gestão de Ricardo David. Chamusca não resistiu à eliminação na primeira fase do Campeonato Baiano e deixou o time em março. Cláudio Tencati assumiu em seu lugar e foi mantido após Paulo Carneiro ser eleito novo presidente, mas acabou demitido apenas dois meses depois.

Durante a gestão de Paulo Carneiro, passaram pelo Barradão em 2019 também Osmar Loss, Carlos Amadeu e Geninho. O último conseguiu livrar o Leão do rebaixamento à Série C e foi mantido para a temporada 2020.

No entanto, durante a pandemia do novo coronavírus, o Vitória decidiu fazer uma nova mudança no comando técnico. Alegando dificuldade financeira, o Leão demitiu Geninho e efetivou o auxiliar Bruno Pivetti como comandante efetivo, iniciando a nova ciranda de mudanças.

Pivetti ficou como treinador do Vitória por 19 jogos. Ele foi demitido após a derrota para o América-MG, por 2×1, no Barradão, pela 14ª rodada da atual Série B. Em seu lugar, assumiu Eduardo Barroca, que ficou por só nove rodadas até a chegada de Mazola.

Entre os sete treinadores que já passaram pela Toca nos últimos dois anos, Geninho foi o que mais vezes comandou o time e que conseguiu o melhor desempenho. Entre 2019 e 2020, ele esteve à frente da equipe em 25 jogos e deixou o clube tendo alcançado 50,6% de aproveitamento. Veja a lista completa no final deste texto.

Assim como os antecessores, Mazola Júnior não vai ter muito tempo para mostrar serviço. Ele chega ao rubro-negro com contrato apenas até 30 de janeiro, quando a Série B será encerrada. Ao todo serão 11 jogos para provar que tem condições de se manter na equipe para a próxima temporada.

Fora isso, o treinador tem metas importantes para conquistar. A primeira delas é a de garantir a permanência do Vitória na Série B. Em 14º lugar com 33 pontos, o Leão está cinco à frente do Figueirense, que abre a zona de rebaixamento, em 17º lugar. 

O segundo objetivo, e mais ousado, é tentar uma arrancada para sonhar com o retorno à primeira divisão. As chances, no entanto, são muito remotas, já que o rubro-negro está 11 pontos atrás do Cuiabá, equipe que fecha o G4.

Aproveitamento por treinador (ordem cronológica)

  • MARCELO CHAMUSCA: 38% (3 vitórias, 7 empates e 4 derrotas)
  • CLÁUDIO TENCATI: 23% (1 vitórias, 2 empates e 4 derrotas)
  • OSMAR LOSS: 26% (2 vitórias, 2 empates e 6 derrotas)
  • CARLOS AMADEU: 48% (3 vitórias, 4 empates e 2 derrotas)
  • GENINHO: 50% (9 vitórias, 11 empates e 5 derrotas)
  • BRUNO PIVETTI: 36% (4 vitórias, 9 empates e 6 derrotas)
  • EDUARDO BARROCA: 29% (1 vitória, 5 empates e 3 derrotas). Informações do Correio.