A estimativa de queda de 4,7% no PIB da Bahia contrasta com um panorama mais favorável no setor industrial baiano, segundo as perspectivas para 2021, apresentadas na quinta-feira, 17, pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e divulgada no site www.fieb.org.br. A estimativa é de recuperação nos últimos meses do ano, caminhando para uma projeção de crescimento no próximo ano da ordem de 5%, acompanhando as expectativas para a indústria nacional.
A Fieb mostrou o desempenho da indústria do estado em um ano atípico, em que a pandemia da Covid-19 teve muitos impactos sobre a economia, com análises setoriais elaboradas pela equipe da gerência executiva de Desenvolvimento Industrial.
Além de apresentar os principais indicadores da indústria baiana, o levantamento aponta as variáveis que se desenham no ambiente econômico, alertando para os gargalos que, do ponto de vista da indústria, precisam ser sanados para conduzir a economia nacional à rota decoe c u dest será a cobertura vacinal contra o vírus, que permitirá a ampliação do consumo, uma vez que trará mais confiança à sociedade, destacou o superintendente da FIEB, Vladson Menezes. Ele citou ainda como gargalos as reformas tributária e administrativa, o endividamento público, e o retorno da inflação.
“O Brasil vai precisar – e esta é uma necessidade imperativa diante do impacto que a pandemia causou – avançar nas reformas administrativa e tributária, há muito demandadas, sob pena de perdermos a oportunidade de restabelecer um ambiente favorável para a retomada do crescimento”, destaca o presidente da FIEB, Ricardo Alban, que alertou: “2021 será um ano desafiador, mas com a perspectiva, agora efetiva, do início da vacinação em massa. Se todos fizerem seu dever de casa, o impacto poderá ser minimizado”, disse.
Com participação de 21,8% no Produto Interno Bruto (PIB) do estado e ocupando a 7ª posição no ranking nacional, com 4,3% de participação no Valor da Transformação Industrial (VTI), a indústria de transformação foi um dos segmentos afetados pela pandemia da Covid-19, com determinados setores registrando quedas acima de 30% na produção física. Via Portal A Tarde.