Governo Federal investe R$ 7,1 milhões para mapear público albino

Mapear, cadastrar e conhecer os brasileiros com albinismo. Estes são os objetivos esperados com o investimento de R$ 7,1 milhões anunciados hoje (18) pelo Ministério da Saúde. Com as informações coletadas pelos gestores municipais, será possível a construção de políticas públicas e melhorias no atendimento, tanto no Sistema Único de Saúde quanto nas ações desenvolvidas pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).

Atualmente, os brasileiros albinos são estimados em, aproximadamente, 21 mil pessoas. Para a titular do MMFDH, Damares Alves, os albinos precisam saber que o governo federal tem canais para escutar e defender seus interesses.
“Se por essa condição genética, você tem sofrido bullying, procure o Disque 100 e os canais de denúncia do Ministério da Saúde”, encoraja a ministra.

Para o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Raphael Parente, esse cadastramento é fundamental para a eficiência na elaboração das políticas públicas. “Com esse recurso, será possível atender com muito mais efetividade os albinos. Vamos oferecer, em parceria com o MMFDH, políticas direcionadas para esses brasileiros”, diz.

O incentivo financeiro será transferido aos municípios que registraram atendimento de pessoas albinas em serviços da Atenção Primária nos últimos quatro anos, para que ampliem o cadastro dessa população a partir de agora, fortalecendo as ações de promoção, prevenção e cuidados oferecidos às pessoas com albinismo na Atenção Primária. Atualmente, cerca de 95% dos atendimentos entre a população albina ocorre em hospitais e emergências.

No total, 504 municípios estão sendo contemplados.

Os valores serão distribuídos conforme a população:

• R$ 15.000,00 por município com população menor de 100.000 habitantes;
• R$ 13.000,00 por município com população entre 100.000 e 300.000 habitantes;
• R$ 10.000,00 por município com população maior de 300.000 habitantes.

Sobre o Albinismo

A condição rara é herdada geneticamente, causando problemas na síntese da melanina, produzindo pouca ou nenhuma quantidade, ou falha em sua distribuição, que causa hipopigmentação da pele, pelos, cabelos e olhos.

A falta de melanina pode provocar baixa visão, problemas e lesões de pele, queimaduras solares e fotoenvelhecimento. O albinismo acomete todas as raças em todo o mundo, independentemente do sexo, etnia ou condição social.

Com informações do Ministério da Saúde