Presa desde 14 de dezembro por suspeita de envolvimento com o esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ), a desembargadora Ilona Márcia Reis está bem perto de fechar acordo de delação premiada com a Operação Faroeste. De acordo com integrantes da Procuradoria-Geral da República (PGR), as negociações com a magistrada avançaram bastante nas duas últimas semanas, após Ilona revelar uma série de detalhes sobre o comércio de decisões na mais alta corte do Judiciário estadual e apontar caminhos que podem levar a novas frentes de investigação.
Aviso prévio
As costuras para uma eventual colaboração da desembargadora foram reveladas pela Satélite em 5 de janeiro, mas teriam começado pouco tempo depois que o relator da Faroeste no Superior Tribunal de Justiça (STJ), Og Fernandes, converteu sua prisão temporária em preventiva. Na PGR, a delação de Ilona é tida como fundamental para ampliar o cerco sobre o esquema e descobrir o alcance da corrupção no TJ.
Banco de reservas
Em paralelo, a equipe da Faroeste dá como certo o afastamento de pelo menos outros quatro desembargadores e juízes suspeitos de participar do esquema. Recentemente, a PGR apresentou ao relator do caso no STJ uma leva de indícios contra membros do TJ citados em depoimentos e alertaram sobre os riscos causados pela permanência deles nos cargos. A expectativa é de que Og Fernandes defira o pedido ainda este mês. Informações do Correio*.