O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estima que mais de 118,8 mil postos de trabalhos, diretos e indiretos, podem ser extintos com o encerramento da produção de veículos da Ford no Brasil.
O fim da produção foi anunciado pela empresa no último dia 11 de janeiro. A montadora mantinha fábricas em Camaçari (BA) e Taubaté (SP), para carros e motores da Ford, e em Horizonte (CE), para jipes da marca Troller.
“As 5.000 demissões anunciadas pela Ford significam uma perda potencial de mais de 118.864 mil postos de trabalho, somando diretos, indiretos e induzidos”, informou o Dieese, em nota à imprensa.
As demissões podem resultar, também, em perda potencial de massa salarial da ordem de R$ 2,5 bilhões ao ano, considerando-se os empregos diretos e indiretos. “Além disso, haverá queda de arrecadação de tributos e contribuições em torno de R$ 3 bilhões por ano”, prosseguiu o Dieese.
A Justiça do Trabalho suspendeu, nessa sexta-feira (5/2), a demissão em massa nas fábricas da Ford em Taubaté (SP) e Camaçari (BA). As liminares foram expedidas em resposta a ações movidas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
Os juízes determinaram que a montadora não realize desligamentos até a conclusão de negociação com os sindicatos.
A decisão também mostra que a montadora não pode suspender o pagamento de salários e licenças durante as negociações. A Justiça também determinou que a montadora não faça propostas individuais ou assedie moralmente os funcionários. Informações do Metrópoles.