Subiu para 130 o número de pessoas mortas em um grande incêndio que atingiu um hospital de Bagdá, capital do Iraque, no último domingo (25).
De acordo com os primeiros resultados da investigação, o incêndio no Hospital Ibn al-Khatib teria começado acidentalmente, após um cilindro de oxigênio ter explodido na área da enfermaria, que estava lotada de pacientes com covid-19.
Os investigadores ainda informaram que o setor do hospital tinha diversos familiares e conhecidos dos pacientes.
Um relatório elaborado pela Comissão Iraquiana de Direitos Humanos apontou violações de “regras anti-covid básicas”. Além disso, afirmou que “o equipamento de combate a incêndios do hospital não foi utilizado porque as pessoas não sabiam onde estava guardado”.
O texto ainda destacou que diversos pacientes foram auxiliados pelos próprios conhecidos e familiares, já que a equipe de resgate demorou por volta de “uma hora” para chegar ao local.
“Existe uma evidente escassez no nível de prestação de serviços de saúde aos cidadãos e uma evidente violação dos direitos humanos, em particular do direito à saúde, por parte dos órgãos governamentais representados pelo Ministério da Saúde e da administração do hospital”, revelou a Comissão.
O porta-voz do Ministério do Interior do Iraque, major-general Khaled al-Muhanna, disse no dia da tragédia que o resgate havia chegado no hospital somente “três minutos” depois do início do incêndio.
Os hospitais iraquianos sofrem com o sucateamento provocado por décadas de conflitos e investimentos escassos, mas também pela negligência e pela corrupção. Da Ansa.