A Rede de Observatórios da Segurança na Bahia divulgou nesta quinta-feira, 22, um novo relatório sobre a violência na Bahia. O relatório aponta uma manutenção da letalidade policial e social, diminuição no registro dos eventos monitorados e um aumento de quase 40% na quantidade de chacinas ocorridas no estado.
De janeiro a maio de 2021, a Bahia registrou 572 ocorrências violentas, que vão desde mortes policiais, mortes causadas por policiais, feminicídios, violência contra crianças e adolescentes, racismo, violência contra pessoas LGBTQIA+ e chacinas.
O único índice a aumentar em relação ao mesmo período no ano passado foi de chacinas. Foram registradas 11 neste ano, um aumento de 37,5%. Os demais índices apresentaram quedas acentuadas, que variam do 100% (ação e ataques de grupo criminais) a 35,6% (vitimização de agentes do estado).
“A gente tem quedas variadas em dados de um ano para o outro, mas é difícil analisar se são efeitos de políticas públicas porque é um período curto para monitorar oscilações dos números”, afirmou o coordenador da Rede de Observatórios da Segurança na Bahia, Dudu Ribeiro.
“A nossa política de segurança pública não está baseada na lógica da preservação da vida, mas sim no confronto, no embate. Essa lógica é o que causa a altíssima letalidade entre pessoas criminalizadas e os policiais. É uma política que não funciona para nenhuma das pontas…A gente continua com um altíssimo índice de letalidade da polícia na Bahia, esse é um quadro da segurança pública que, para a sociedade, não alterou. A gente segue com o aumento da violência, que além de atingir as comunidades, também expõe os próprios agentes de segurança”, avaliou Dudu Ribeiro. Informações do Portal A Tarde.