Enquanto no ano passado, paralela à crise sanitária do novo coronavírus, a Bahia viveu uma epidemia de Zika e Chikungunya, neste ano o cenário é diferente. O estado concentrava, em setembro de 2020, 49,6% de todos os casos prováveis das duas doenças notificados ao Ministério da Saúde até o mês de agosto. E chegou ao fim de 2020 com a luz de alerta para as endemias de arboviroses acesa.
Ao olhar os dados desse ano e comparar as notificações de Chikungunya com as do ano passado, o estado tem uma redução de 70,7%. Já em relação a Zika o percentual é de 83,1% menos casos que em 2020.
Entre o início de janeiro e 7 de agosto a Sesab recebeu notificações de 21.958 casos prováveis de Dengue. O número representa uma redução de 71,82% em comparação com 2020.
CHIKUNGUNYA
De acordo com o boletim da Sesab, até a primeira semana de agosto foram notificados 10.952 casos prováveis de Chikungunya no estado. No mesmo período de 2020, foram 37.396 notificações. No total, 178 municípios registraram ocorrências do agravo, sendo que 43 deles apresentaram incidência maior ou igual a 100 casos a cada 100 mil habitantes.
As cidades baianas com maior incidência da doença são Rio do Pires, no território de identidade da Bacia do Paramirim; Cotegipe, na Bacia do Rio Grande; e Matina, na região do Velho Chico.
Até o momento, não foram confirmados óbitos para Chikungunya na Bahia em 2021.
ZIKA
No período analisado a Bahia registrou 671 notificações de Zika. No mesmo período de 2020, foram notificados 3.975. O coeficiente de incidência (CI) atual é de 4,5 casos/100 mil habitantes.
Conforme o boletim, 97 municípios realizaram notificação para esse agravo. Aqueles com os maiores CI são Rio do Pires; Dário Meira, no território do Médio Rio de Contas; e Carinhanha, no Velho Chico.
Também não foram confirmados óbitos para Zika até o momento.
DENGUE
Em relação a Dengue, a Sesab recebeu 21.958 notificações de casos prováveis neste ano, enquanto em 2020 haviam sido 77.920 no mesmo período.
Dos 417 municípios da Bahia, 282 fizeram notificações para a doença. São três aqueles que, segundo a Sesab, apresentaram situação epidêmica para dengue, quando analisadas as últimas quatro Semanas Epidemiológicas (SE).
Ao observar o coeficiente de incidência (CI), as situações mais graves são observadas em Barreiras; Formosa do Rio Preto, ambas na Bacia do Rio Grande; e Muquém do São Francisco, na região do Velho Chico.
No Sistema de Notificação de Agravos e Notificações (Sinan), constam seis mortes por dengue na Bahia. Mas a Sesab destaca que, até o momento, foram confirmados pela câmara técnica estadual apenas três óbitos relacionados a doença, ocorridos nos municípios de Luís Eduardo Magalhães (2) e Uruçuca (1). Os demais estão em fase de conclusão das investigações, para a correta classificação. Informações do Bahia Notícias.