A busca por um parente desaparecido é um momento de angústia e muita ansiedade e por meio da Operação Reditus, realizada entre os dias 26, 27 e 31 de agosto, a Polícia Civil da Bahia montou a delegacia móvel para ampliar o atendimento à população que busca por notícias de um ente querido. Durante os três dias de operação, um ônibus adaptado recebeu familiares para registrar a busca por uma pessoa desaparecida ou para atualização de cadastro realizado anteriormente. Durante os dias da ação foram atendidas 40 pessoas e a Polícia Civil conseguiu promover oito reencontros.
A operação foi realizada por meio de parceria entre a Delegacia de Proteção à Pessoa (DPP) e o Departamento de Polícia Técnica. A estratégia é uma forma de reforçar a oferta do serviço de busca por desaparecidos que somente no primeiro semestre deste ano já havia registrado 800 ocorrências do tipo. Segundo a delegada Andréa Ribeiro, titular do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), “a operação é um chamamento para que pudéssemos ampliar a nossa rede de localizados. É a mobilização de diferentes departamentos da Polícia Civil para que possamos dar um retorno positivo a essas famílias. Houve uma procura significativa pelo serviço presencialmente e por meio dos nossos canais nas redes sociais, já que a mobilização alcançou um número grande de pessoas”.
Ainda de acordo com a diretora, apesar do encerramento da operação nesta segunda-feira (31), o atendimento segue normalmente na Delegacia de Proteção à Pessoa Desaparecida que funciona no prédio do DHPP no bairro da Pituba. “Nossas equipes seguem a postos para dar atendimento à comunidade e a campanha foi uma forma de chamar atenção e apesar do encerramento, o ônibus da Polícia Civil vai seguir para outras frentes de batalha e outros temas. No que diz respeito às pessoas desaparecidas, o trabalho continua dando apoio à população não só na capital, como no interior do estado e por meio do telefone 71 3116 0000 as pessoas podem obter mais informações”, acrescenta a delegada.
Banco de perfis genéticos
O serviço ofertado na delegacia móvel contou com a participação do Departamento de Polícia Técnica (DPT) que tem desempenho fundamental na identificação das pessoas desaparecidas a partir da coleta de material de genético. O perito criminal de genética forense do DPT, João Paulo, explica que “o DNA do familiar é coletado e inserido num banco de perfis genéticos onde também é inserido o DNA de restos mortais encontrados sem identificação. A partir do cruzamento desses perfis genéticos no banco, é possível apontar que determinado corpo possui compatibilidade genética com a pessoa que procura seu parente desaparecido”.
O perito ainda esclarece que o cadastro neste banco genético tem abrangência nacional, sendo possível realizar o cruzamento dos dados genéticos em todo o país, desde que cadastrados no banco. O cadastro é realizado uma vez que a delegacia de pessoas desaparecidas seja procurada por um familiar que encaminha para o Instituto Médico Legal onde realiza uma entrevista e posterior coleta de material biológico. Informações da ascom.