A Coreia do Norte rejeitou uma remessa de 3 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 do consórcio Covax Facility, da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o Unicef, o país sugeriu que os imunizantes sejam entregues às nações mais necessitadas.
A informação é da agência internacional AFP. O país ocidental foi um dos primeiros a fechar suas fronteiras, em janeiro de 2020, a fim de conter a disseminação do coronavírus.
A nação oriental “comunicou que as 2,97 milhões de doses da Sinovac que o Covax está oferecendo à Coreia do Norte podem ser enviados para países gravemente afetados, tendo em vista o fornecimento global limitado de vacinas”, declarou um porta-voz do Unicef à agência de notícias France Presse.
Esta não é a primeira vez que a Coreia do Norte recusa vacinas. Em julho, o país também teria rejeitado imunizantes da AstraZeneca. O motivo seriam preocupações com possíveis efeitos colaterais.
Pyongyang diz que nenhum caso foi detectado no território norte-coreano. No entanto, a suspensão do comércio com a China para evitar a propagação da Covid causou uma crise alimentar no país, que acabou aceitando retomar os diálogos com a vizinha, Coreia do Sul. O país de Kim Jong-un havia cortado a comuncação em retaliação aos desertores norte-coreanos que moram no Sul e que lançaram balões com panfletos anti-Kim através da fronteira.
O que é o consórcio Covax Facility
O Brasil é um dos quase 200 países que integram a iniciativa global, criada para permitir o acesso justo e igualitário de vacinas por meio de parcerias com diferentes laboratórios. Além da OMS, o consórcio é coliderado pela Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias (CEPI) e pela Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi), em parceira com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Informações do Metrópoles.