Polícia norueguesa investiga assassinato de cinco pessoas em Kongsberg

O autor do ataque que deixou cinco mortos e dois feridos na cidade norueguesa de Kongsberg, nessa quarta-feira (13), usou “outras armas” além do “arco e flechas”, disse hoje (14) fonte judicial sem fornecer detalhes.

A procuradora Ann Irén Svane Mathiassen, responsável pela investigação do caso, disse à agência de notícias NTB que o detido, um cidadão dinamarquês de 37 anos, residente em Kongsberg, já admitiu a autoria. 

“É conhecido da polícia, mas prefiro não dar mais detalhes sobre o assunto”, disse Mathiassen.

A polícia da Noruega, que convocou uma entrevista coletiva hoje, ainda não falou sobre os motivos que levaram o agressor a matar.

De acordo com o canal de televisão TV2, da Noruega, o atacante “converteu-se ao Islã”.

A polícia e a Procuradoria ainda não se pronunciaram sobre a motivação do ataque. 

“Acreditamos que atacou sozinho. É natural que se investigue a possibilidade de ter sido um ato terrorista. Mesmo assim, ainda é cedo para nos pronunciarmos”, disse ontem à noite o chefe da polícia, Oyvind Aas. 

Segundo Aas, um dos feridos, que está hospitalizado, é um agente da polícia que se encontrava fora de serviço, em um supermercado. 

A polícia norueguesa recebeu, no fim da tarde dessa quarta-feira, o primeiro aviso de que um homem “armado com arco e flechas” se encontrava no centro de Kongsberg.

O atacante foi detido depois de confrontar e tentar fugir das autoridades.

“Há vários cenários onde ocoreram os crimes. Essa pessoa movimentou-se numa grande área do centro onde se cometeram atos delituosos”, afirmou Aas sobre o percurso do agressor durante o ataque.

No momento da perseguição, em que estiveram envolvidos helicópteros e agentes do corpo especial da polícia, as autoridades pediram aos moradores para permanecer em casa.

A primeira-ministra Erna Solberg considerou os fatos “horríveis”, tal como o líder da oposição, o trabalhista Jonas Store que hoje assume a chefia do novo governo da Noruega, depois de ter vencido as eleições gerais no mês passado. Da RTP.