Os Estados Unidos continuam preparados para um deslocamento militar de envergadura no Oriente Médio, disse o secretário americano da Defesa, Lloyd Austin no sábado. Ele rejeitou a ideia de que seu país agora esteja reticente quanto a usar a força na região. Todas as opções estão sobre a mesa, sobretudo, se a diplomacia fracassar na hora de conter o programa nuclear iraniano, garantiu Austin, no Bahrein.
A declaração foi uma resposta do chefe do Pentágono à pergunta sobre o motivo de os Estados Unidos não terem reagido ao ataque de drones e de artilharia, lançado em outubro, contra uma base usada pela coalizão que enfrenta o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria.
“Os Estados Unidos se reservam o direito de se defender e de defender seus interesses, aconteça o que acontecer, na hora e no lugar da nossa escolha”, frisou Austin. “Que nenhum país, nem ninguém, se engane a esse respeito. Estamos comprometidos com nossa defesa, com a defesa dos nossos interesses, e isso inclui também os dos nossos parceiros. E também estamos determinados a não deixar o Irã se equipar com uma arma nuclear”, frisou.
O Irã sempre negou que deseje se dotar da bomba atômica. Austin afirmou ainda que o principal objetivo de Washington é fortalecer suas “imbatíveis” alianças no Oriente Médio, ressaltando que a força militar permanece como opção. Segundo ele, hoje, dezenas de milhares de soldados americanos se encontram estacionados na região.
“O compromisso dos Estados Unidos com a segurança do Oriente Médio é forte e está garantida”, insistiu o secretário.
Depois de encerrar, em meados de agosto, uma ocupação militar de 20 anos no Afeganistão, os Estados Unidos se preparam para retirar suas tropas do Iraque antes do final do ano. Os vizinhos do Irã não escondem sua preocupação diante das concessões que poderão ser feitas à República Islâmica nas negociações de seu programa nuclear. Estas discussões serão retomadas em Viena, no final deste mês.
Inimigos declarados do Irã, Estados Unidos e Israel acusam Teerã de usar drones e mísseis para atacar forças americanas e navios ligados a Israel no Golfo, com o objetivo de desestabilizar a região.
Neste sábado, o Irã anunciou a apreensão de um navio estrangeiro, na região do Golfo, por contrabando de diesel. Desde fevereiro, Irã e Israel estão envolvidos em uma espécie de guerra encoberta, na qual os navios de ambos os países são atacados nas águas da região do Golfo. Informações do Correio do Povo.