Uma parceria entre o hospital Sheba de Israel e o Ministério da Saúde israelense analisará a aplicação da 4ª dose da vacina da Covid-19 da Pfizer. Na primeira fase de testes, o imunizante será aplicado em 6 mil pessoas, incluindo 150 profissionais de saúde que já tomaram as duas doses iniciais e a dose de reforço.
Depois das conclusões, a pasta que cuida da Saúde dos habitantes de Israel pretende aplicar a 4ª dose em pessoas com mais de 60 anos, nas que têm problemas de imunidade e trabalhadores da saúde.
“Este estudo vai testar o efeito da quarta dose de vacina no nível de anticorpos, prevenção da infecção e verificar a sua segurança”, disse o professor Gili Regev-Yochay, um médico do Sheba, à Agência Lusa. “Espera-se que este estudo venha a esclarecer o benefício adicional de uma quarta dose e nos leve a compreender se vale a pena dar uma quarta dose e a quem”, acrescentou o médico.
De acordo com a agência, o diretor-geral da pasta da Saúde de Israel, Nachman Ash, deverá tomar uma decisão ainda esta semana, mesmo que seja rejeitando a aplicação de uma quarta dose da vacina.
No final de novembro o ministro da Saúde de Israel, Nitzan Horowitz, afirmou que os indivíduos totalmente vacinados há menos de seis meses e os que tenham feito doses de reforço após esse período, provavelmente, estão protegidos contra a variante Ômicron, do coronavírus.
Sem citar dados, Nitzan Horowitz disse aos repórteres locais: “Nos próximos dias, teremos informações mais precisas sobre a eficácia da vacina contra a Ômicron – mas já há espaço para otimismo e há indicações iniciais de que aqueles que estão com as vacinas ainda válidas ou que tenham feito reforço, também serão protegidos desta variante”. Em Israel, a população recebeu apenas a vacina Pfizer.
Transmissibilidade
Apesar de a Ômicron ter chegado rapidamente a países dos cinco continentes, também ainda não é possível afirmar que a variante é mais transmissível do que as demais.
Estudos epidemiológicos estão em andamento na África do Sul. As pesquisas visam identificar se o aumento expressivo de casos no país está relacionado às características da cepa ou a outros fatores, como a baixa taxa de vacinação no país – só 24% da população sul-africana concluiu o esquema de imunização. Informações do Portal Metrópoles.