Dois dos ministros do STF vistos como adversários políticos do presidente Bolsonaro (PL) serão recebidos na manhã desta segunda-feira (7) no Planalto: Edson Fachin e Alexandre de Moraes, que assumem o comando do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no próximo dia 28, como presidente e vice, respectivamente. O processo eleitoral deste ano será comandado por Moraes, que assumirá a presidência do TSE em agosto.
O encontro protocolar, que também ocorrerá com os presidentes da Câmara e do Senado ainda hoje, marca um esforço dos representantes do Judiciário por manter a “normalidade institucional”, mesmo diante de repetidos episódios de conflito com o chefe do Executivo.
Alexandre de Moraes é o titular de inquéritos abertos contra o presidente Bolsonaro, que recentemente se recusou a comparecer a depoimento marcado pelo ministro e segue sem atender à ordem judicial. É o primeiro encontro presencial entre os dois desde então, e a expectativa é que o assunto não seja abordado.
Edson Fachin também foi alvo de críticas do presidente, que chegou a chamá-lo de “leninista-trotskista” e de ter fortes ligações com o PT.
Na reunião, de caráter estritamente protocolar e prevista para durar poucos minutos, os ministros devem ressaltar o papel do TSE, de zelar pela lisura e o equilíbrio do pleito, e ressaltar a confiança na segurança do sistema digital – frequentemente desacreditado pelo presidente.
A Justiça eleitoral depende de repasses do Orçamento da União para custear o processo eleitoral. O fluxo de recursos, uma determinação legal, depende da agilidade do Executivo federal. A cooperação entre os poderes também é determinante para a segurança das eleições. Informações do R7.
