O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em discurso na tribuna do plenário da Casa, na noite desta quarta-feira (9/3), anunciou oficialmente a retirada de sua pré-candidatura à Presidência da República neste ano. Mesmo não tendo confirmado formalmente a candidatura, o senador mineiro foi a escolha do PSD para disputar pelo Palácio do Planalto, algo que foi afirmado publicamente pelo presidente da legenda, Gilberto Kassab.
Pacheco disse ter escolhido “dedicar toda a energia a conduzir o Senado neste ano fundamental para a tão ansiada recuperação do país”. E prosseguiu: “O cargo que me foi confiado por meus pares está acima de qualquer tipo de interesse pessoal ou de ambição eleitoral”.
Segundo o senador, os compromissos como presidente da Casa “são urgentes, inadiáveis e não permitem qualquer espaço para vaidades”. “Por isso, afirmo que é impossível conciliar essa difícil missão com uma campanha presidencial”, enfatizou o parlamentar, que comparou seu trabalho ao de um “magistrado”.
” O presidente do Senado precisa agir como um magistrado, conduzindo os trabalhos com serenidade, equilíbrio e isenção, buscando consensos possíveis em nome do melhor para o país. O que é incompatível com um embate eleitoral nacional, por mais civilizado que seja o processo”, completou.
O senador ainda agradeceu o convite de Kassab para disputar o pleito pelo partido. “Tenham certeza: sou jovem, tenho muito trabalho ainda a prestar ao país e à vida pública. Estou em meu primeiro mandato como senador. E, acima de tudo, sei de minha responsabilidade com o Brasil”, ressaltou.
“Vou lutar, dentro e fora do Senado, para que as eleições gerais deste ano tenham como resultado o fortalecimento institucional e democrático do país. Qualquer tentativa de retrocesso democrático deverá ser rechaçada com veemência”, finalizou o senador no discurso.
“Nunca afirmei uma candidatura”
Nessa terça (8/3), Pacheco disse nunca ter afirmado ser candidato ao pleito presidencial, mas destacou que participaria das discussões, no entanto, “não necessariamente como candidato”.
“Na verdade, eu nunca afirmei uma candidatura à Presidência da República. O meu partido deseja ter candidatura própria. Eu recebi um convite do presidente do partido, da Executiva e dos parlamentares para uma candidatura pelo PSD. É uma avaliação que ainda não foi feita plenamente por mim. Mas é natural que o partido queira ter uma candidatura própria e no momento certo isso será firmado”, declarou Pacheco, após o X Congresso Mineiro de Vereadores, em Belo Horizonte.
“Em breve o PSD deve ter uma posição em relação à sua posição nacional. Isso naturalmente me envolve, com certeza farei parte dessa discussão, mas não necessariamente como candidato”, acrescentou.
Pacheco se filiou ao partido, comandado por Gilberto Kassab, sob a pompa de pré-candidato à Presidência da República. O parlamentar, todavia, nunca se manifestou como tal.
Agora, a expectativa volta-se para o eventual ingresso do governador do Rio Grande do Sul (RS), Eduardo Leite (PSDB), na sigla para assumir a candidatura do PSD. Leite, do mesmo modo, ainda não revelou seus planos, embora mantenha que não será candidato à reeleição no RS. Informações do Metrópoles.