Pelo menos 1,8 milhão de trabalhadores não efetuaram o saque do abono salarial de exercícios anteriores, e deixaram R$ 1,2 bilhão esquecidos na conta, que ficam disponíveis por até cinco anos. Nesta quarta-feira, 30, termina o prazo para sacar o benefício. O governo federal mudou o calendário, e o próximo vai ser aberto apenas em janeiro de 2022.
De acordo com a Caixa, responsável pelo PIS, só no exercício de 2020/2021, que termina quarta-feira, 327,6 mil beneficiários deixaram de resgatar R$ 214 milhões. O total previsto é de R$ 17 bilhões para 22,2 milhões trabalhadores.
Já o Banco do Brasil, responsável pelo Pasep, realizou a identificação do abono salarial para 2,7 milhões de trabalhadores, totalizando R$ 2,6 bilhões. Cerca de 2,5 milhões de trabalhadores já fizeram o saque do benefício, totalizando R$ 2,5 bilhões. Ainda não sacaram cerca de 140 mil trabalhadores, o que representa um saldo de R$ 95 milhões.
O calendário de pagamento terminou em 9 de fevereiro, mas o saque pode ser realizado até 30 de junho de 2021. “Os benefícios não recebidos até a data limite serão novamente disponibilizados no próximo calendário, a partir de janeiro de 2022”, afirma a Caixa, em nota.
A Secretaria de Trabalho, do Ministério da Economia, afirma que é assegurado ao trabalhador o direito ao abono salarial pelo prazo de cinco anos. Os valores não sacados até esta quarta-feira serão redisponibilizados para pagamento nos calendários dos exercícios seguintes, até completar o prazo de cinco anos.
O abono, que é uma espécie de 14º salário, é pago a trabalhadores formais que recebem até dois salários mínimos (R$ 2.200). O valor do benefício varia de acordo com a quantidade de meses trabalhados com a carteira assinada no ano anterior. A quantia vai de R$ 92 a R$ 1.100. Informações do Portal A Tarde.