O primeiro-ministro do Lesoto, Thomas Thabane, suspeito do assassinato de sua primeira esposa em 2017, renunciou oficialmente ao cargo nesta terça-feira (19), após mais de quatro meses de incerteza política.
“O trabalho que me foi designado pode não ter terminado, mas finalmente chegou a hora de se retirar do grande teatro de ação e me despedir da vida pública”, disse Thabane, de 80 anos, em mensagem televisionada.
No último dia 11, o governo perdeu a maioria parlamentar após a aliança partidária da qual dependia ter negado seu apoio, iniciando um período de 11 dias para formar uma nova coalizão liderada pelo congresso pró-governo All Basotho (ABC), mas sem Thabane no comando.
Segundo os meios de comunicação da África do Sul, país que rodeia Lesoto pelos quatro lados, a expectativa é que o atual ministro das Finanças, Moeketsi Majoro, seja o sucessor de Thabane.
Com a saída de Thomas Thabane, o Lesoto espera encerrar uma longa crise política alimentada por profundas divisões internas dentro do partido no poder e por suspeitas contra o ex-premier pelo assassinato de sua ex-esposa, Lipolelo Thabane.
Ambos passavam por um complicado processo de divórcio que terminou em 14 de junho de 2017, quando Lipolelo foi baleada na porta de sua casa, nos arredores de Maseru, capital do país, dois dias antes de Thabane assumir seu segundo mandato como primeiro-ministro.
A atual primeira-dama do país, Maesaiah Thabane, já está oficialmente acusada desse crime. Da Agência EFE.