Acusados de matar 4 em rituais macabros para ganhar na Mega-Sena são condenados

Foto: Divulgação

O Tribunal do Júri de Iguatu, no interior do Ceará, condenou, na terça-feira (14/12), dois homens acusados de matar quatro jovens, em 2017. A condenação foi no caso que apurava especificamente a morte do estudante Jheyderson de Oliveira Chavier, encontrado em uma cova.

De acordo com a investigação, os acusados atraíram o jovem a um sítio onde haviam cavado uma cova. No local, a vítima foi amarrada em uma cadeira com um pano na cabeça, e Gleudson, um suposto pai de santo, fez uma reza. Logo depois, os acusados balearam Jheyderson na parte de trás da cabeça.

Durante as buscas pela vítima, os policiais encontraram outros três cadáveres no sítio, que pertencia a Gleudson. Lá, também foram encontrados objetos de rituais, como velas vermelhas e cruzes.

A investigação policial apontou que cadáveres seriam usados em um “altar satânico”, como parte de “rituais macabros”. Segundo a polícia, os integrantes do grupo acreditavam que os rituais os ajudariam a conseguir os números para vencer na Mega-Sena.

Na reprodução do vídeo, o agricultor aparece no canto direito falando ao microfone em entrevista
O agricultor Osmar Malavazi entrou na Justiça em 2019 para reaver o prêmio de R$ 290 milhões. Segundo o homem, os números escolhidos não foram registrados pela lotérica. A atendente teria feito dois registros repetidos e deixado de fora o terceiro bilhete sorteado – Foto: Reprodução/Umuarama News

Em novembro de 2021, Altair Igreja, vencedor da Mega em 2001, teve a prisão decretada pela Justiça de Santa Catarina após atrasar a pensão alimentícia da filha. A dívida somava R$ 160 mil.

Altair Igreja teve que dividir a bolada de R$ 27 milhões com um funcionário após batalha judicial que durou 7 anos. O trabalhador alegava ter indicado os números vencedores para o patrão.

Uma costureira de São Paulo perdeu a metade do prêmio de 162,2 milhões da Mega da Virada 2020 por não ter resgatado a bolada no prazo limite de 90 dias. A Justiça determinou que o dinheiro fosse repassado ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Miguel Ferreira foi morto em 2018, 7 anos após ganhar R$ 39 milhões na Mega. Ele se mudou de São Paulo para o Ceará, em busca de uma vida mais tranquila. O principal suspeito foi encontrado morto em 2020.

Em 2010, um grupo de 40 pessoas do Rio Grande do Sul acreditava ter ganho uma bolada de R$ 53 milhões na Mega. Porém, as cotas do bolão nunca foram registradas. Eles entraram na Justiça, mas a indenização por danos morais foi negada.

Francisco Serafim foi acusado, em 2010, de planejar a morte do próprio filho. A vítima ganhou R$ 29 milhões na Mega, em 2006, e teria dado o dinheiro para o pai administrá-lo. Dois anos depois, se recusou a devolvê-lo. Os dois acabaram fazendo um acordo na Justiça.

Em 2007, Altair Aparecido era recém-milionário da Mega quando foi morto durante um assalto em São Paulo. A vítima tinha rachado prêmio de R$ 16 milhões em bolão com outros 15 amigos.

Um carioca ganhou R$ 100 milhões na Mega e confiou no amigo para ajudá-lo a administrar a quantia, em 2017. Dois anos depois, André Luiz Lobo foi apontado como autor do desvio de dinheiro e bens do milionário. O caso foi parar na Justiça.

Cerca de 4 meses após retirar prêmio de R$ 1,4 milhão, um casal desapareceu no Mato Grosso, em 2010. Raimundo Nonato e Liliane Gois foram assassinados. Os suspeitos teriam obrigado os dois a revelarem a senha da conta do banco.

Em 2021, um grupo de pessoas foi condenado à prisão por forjar, com a ajuda de um gerente da CEF, um bilhete premiado da Mega-Sena em Tocantins. A bolada foi de R$ 73 milhões na época, em 2013.

Renné Senna ganhou a Mega em 2005. Dois anos depois, acabou morto no Rio de Janeiro e a viúva foi considerada a principal suspeita. Em novembro de 2021, a Justiça determinou que metade do prêmio, de R$ 43 milhões, fosse entregue para a filha da vítima.

Um casal do Rio Grande do Sul recorreu à Justiça, sem sucesso, para tentar levar o prêmio de R$ 29 milhões da Mega em 2014. Disseram ter deixado o bilhete cair na máquina de lavar, o que teria danificado o papel.

O agricultor Osmar Malavazi entrou na Justiça em 2019 para reaver o prêmio de R$ 290 milhões. Segundo o homem, os números escolhidos não foram registrados pela lotérica. A atendente teria feito dois registros repetidos e deixado de fora o terceiro bilhete sorteado.

Gleudson Dantas Barros e Roberto Alves da Silva foram condenados pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Enquanto Gleudson recebeu a pena de 21 anos, 7 meses e 17 dias em regime fechado, Roberto foi sentenciado a 18 anos, 3 meses e 7 dias.

Fonte: Portal Metrópoles.