Um tribunal de Moscou, na Rússia, condenou nesta segunda-feira (15) o cidadão americano Paul Whelan, que integrou a Marinha dos Estados Unidos, a 16 anos de prisão, por considerá-lo culpado do crime de espionagem.
“A corte decidiu punir Whelan a cumprir 16 anos em uma prisão de segurança máxima”, aponta a sentença lida pelo juiz Andrey Suvorov.
O Ministério Público havia pedido, no fim do mês passado, que a pena fosse de 18 anos para o americano, que também tem cidadania britânica, canadense e irlandesa.
Whelan, atualmente com 50 anos, foi detido em 28 de dezembro de 2018, por agentes do Serviço Federal de Segurança (FSB), a antiga KGB, em um hotel de Moscou.
As acusações do órgão de inteligência, é de que o homem estaria realizando suposta “atividade de espionagem”, favorável aos Estados Unidos.
Whelan diz ser vítima de ‘sequestro político’
De acordo com as investigações, o americano teria recebido de um contato a lista completa de funcionários e agentes do serviço secreto russo.
O acusado negou todas as acusações perante o tribunal e disse ser vítima de um sequestro político. A família de Whelan afirma que a ida para Moscou aconteceu por causa de um casamento.
O réu, na última declaração antes da leitura da sentença, afirmou que o julgamento era político.
“Demonstramos minha inocência, demonstramos que as provas foram falsificadas”, garantiu.
Whelan aproveitou para pedir apoio dos governos dos Estados Unidos e do Reino Unido, enquanto seu advogado, Vladimir Zherebenkov, já adiantou que recorrerá da sentença. Informações da Agência EFE.