Na noite da terça-feira, 3, um incêndio na subestação Macapá levou ao desligamento automático da linha de transmissão Laranjal/Macapá e das usinas hidrelétricas de Coaracy Nunes e Ferreira Gomes, o que deixou 14 dos 16 municípios do Estado sem energia.
Pepitone explicou também o papel da agência na apuração do ocorrido no Amapá, uma vez que é responsabilidade de Aneel fiscalizar as geradoras, distribuidoras e transmissoras de energia. “Diante de um caso grave como o do Amapá, em que as consequências perduram até hoje, é aberta fiscalização específica para apurar incidentes, e durante apuração a concessionária que explora a linha é notificada para fazer esclarecimentos necessários, respeitando-se princípio do contraditório e da ampla defesa”, disse o diretor.
Segundo ele, se for constatado falha no planejamento, na operação ou na manutenção, as penalidades vão de advertência até multa de 2% do faturamento da empresa.
“É uma preocupação de todos nós restabelecer imediatamente a normalidade do suprimento do Estado, entretanto a Aneel atua para que as causas desse episódio sejam devidamente levantadas, analisadas e comprovadas, permitindo a partir de sua correta identificação que medidas corretivas apropriadas sejam implantadas, para que isso não ocorra no futuro”, continuou Pepitone, segundo quem há 100% de comprometimento para que a energia seja restabelecida no Amapá.
“O momento mostra que a população da Região Norte, que sempre se viu excluída, precisa saber que é tão brasileira quanto as demais são, e por isso nossos olhos se voltam no momento para população do Amapá”, disse o diretor.
Na segunda-feira, 9, o Ministério de Minas e Energia informou à noite que estão sendo feitos esforços para antecipação do retorno à operação da unidade geradora da Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes, no Amapá, estimado para a quarta-feira, 11.
Na nota, o MME fez um balanço das ações realizadas até o momento na tentativa de restabelecimento do fornecimento de energia elétrica para o Amapá. Um dos transformadores da subestação Macapá voltou à operação, o que está garantindo o suprimento de cerca de 120 MW para o Estado, segundo a pasta. Do Estadão.