O Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado da Bahia (APLB) confirmou nesta sexta-feira (27), a retomada das aulas semipresenciais na rede estadual de ensino, para o dia 1° de setembro.
A APLB informou que a decisão foi tomada em uma reunião com o Governo do Estado. O G1 entrou em contato com o Governo da Bahia para saber detalhes sobre o acordo feito com a APLB para a retomada das aulas semipresenciais na rede estadual de ensino.
As aulas semipresenciais da rede estadual começaram no dia 26 de julho para os estudantes do ensino médio, mas muitos professores não aderiram a retomada alegando a imunização incompleta conta Covid-19.
Já as atividades semipresenciais ensino fundamental, foram retomadas na segunda-feira (9). Não há detalhes quanto ao número de professores que não retornaram as atividades nas escolas. A categoria informou que manteve as aulas online.
Participaram da reunião integrantes da direção da APLB, parlamentares e o secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues.
No dia 13 de agosto, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado da Bahia, Rui Oliveira, disse que 97% da categoria já tinha decidido pela retomada das aulas semipresenciais na rede estadual de ensino, em setembro. No entanto, uma contra proposta seria levada para o Governo da Bahia.
“Anteriormente, sentamos com o governo e tínhamos proposto, com o apoio da categoria, voltar à sala de aula no início de setembro. Então ficou acordado voltarmos presencialmente dia 1, quarta feira. Só volta quem estiver totalmente imunizado. Quem tiver comorbidade fica em atividade remota”, disse Rui Oliveira.
Segundo a APLB, a entidade pediu ainda a devolução dos valores descontados nos salários dos professores que não retornaram às escolas na data anunciada anteriormente pelo executivo.
“Vamos manter o protocolo rígido, cada escola tem seu conselho/gestor de biossegurança, formado pelo colegiado e dois professores, por turno, que vão dizer há ou não condições de ter aulas presenciais. O salário que foi descontado será devolvido”, disse o presidente da APLB.
Rui Oliveira explicou que os professores deverão mandar o contracheque com valor cortado para o diretor da escola em que trabalha e o gestor vai encaminhar uma lista para a Secretaria de Educação. A gestão estadual vai fazer a devolução.
“Basta que o professor mande para o diretor da escola o contracheque com valor cortado. O diretor faz a lista e encaminha para a Secretaria de Educação, que se comprometeu a devolver imediatamente. É mais uma vitória da categoria, da luta em vida, promovida pela APLB”, afirmou.
De acordo o coordenador, a APLB acompanhará todo o processo de retomada, para garantir o cumprimento do acordo feito pelo governador Rui Costa.
Retorno das aulas semipresenciais
No dia 26 de julho, primeiro dia de retomada das aulas semipresenciais na rede estadual de ensino, escolas em Salvador registraram baixo movimento de professores. Neste primeiro momento, apenas as aulas do ensino médio foram retomadas no modelo híbrido (online e presencial).
O retorno foi programado para acontecer com as turmas divididas pela metade, dando seguimento ao protocolo de manter 50% da capacidade das salas de aula. Além disso, a escola deve aferir a temperatura de todos que entram na instituição, e o uso de máscara é obrigatório.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Apesar dos protocolos, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado da Bahia (APLB), 95% dos professores da rede estadual não compareceram às salas de aula, na segunda.
Impasse entre as partes
No dia 16 de junho, a APLB informou que 95,6% dos professores decidiram pelo retorno apenas após a imunização completa dos funcionários da Educação. A categoria afirmou que a pesquisa realizada pela entidade ouviu quase 17 mil profissionais. No dia 14 de julho, o presidente da APLB já tinha afirmado que a categoria não iria retornar às salas de aula neste mês.
Porém, o governador Rui Costa afirmou que os servidores que não cumprirem a carga horária definida será penalizado com a não remuneração, como qualquer trabalhador que falte ao posto de trabalho.
De acordo com o governo, apesar da baixa adesão, não há previsão para cancelamento das aulas semipresenciais. Informações do G1.