A região metropolitana de Salvador registrou inflação de 0,05% em junho. O número integra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgado nesta quinta-feira (25). O IPCA-15 funciona como uma prévia da inflação oficial do mês, refletindo os preços coletados entre 15 de maio e 15 de junho.
Segundo o IBGE, o índice registrado na região metropolitana de Salvador ficou acima da média nacional, de 0,02%. A região do Rio de Janeiro (0,27%), município de Goiânia (0,13%) e Brasília (0,10%) tiveram as maiores prévias da inflação.
O IBGE explica que o IPCA-15 de junho foi resultado de aumentos nos preços médios de sete dos nove grupos de produtos e serviços que formam o índice.
Alimentação e bebidas tiveram alta de 0,76% e foram a principal pressão inflacionária no mês, em razão do peso maior nas despesas das famílias, informou o IBGE. Isso é compreendido através da alta na alimentação no próprio domicílio (0,90%), assim como comer fora, incluindo os serviços de delivery (0,38%). O preço da cebola (23,47%) teve o maior aumento dentre as centenas de itens pesquisados e já mais que dobrou de preço no ano (110,24%). Na alimentação fora de casa, a principal pressão veio dos lanches, com 1,26%.
Alimentos que chegaram a puxar a inflação para cima nos meses anteriores tiveram recuos na prévia de junho, a exemplo do tomate, com -4,95%, e cenoura, que teve queda no preço de -9,26%.
Altas
A prévia do IPCA-15 revela também que o grupo comunicação teve a maior alta de junho, com 1,06% registrado, bem superior a maio, quando teve aumento de 0,44%. O IBGE afirma que esse índice exerce a segunda principal pressão sobre a inflação na região metropolitana de Salvador, só atrás da alimentação. Houve, portanto, aumento nos aparelhos telefônicos (2,90%) e nos combos de telefonia, internet e TV por assinatura (2,33%), itens que influenciam o acréscimo no grupo de comunicação.
Também houve aumento no preço dos artigos de residência, de 1,01%, puxados por itens como televisores (5,21%) e refrigeradores (6,09%).
Quedas
Apenas transportes, com -1,06%, e despesas pessoais, que registrou -0,25, tiveram deflações. No caso do primeiro item, segundo o IBGE, ele foi influenciado pelas passagens aéreas (-25,36%), que se mantiveram em forte queda e foram o setor que, individualmente, mais contribuiu para segurar o IPCA-15.
Já as despesas pessoais (-0,25%) sofreram a influência da queda nos itens de recreação (-0,86%), sobretudo hospedagem (-2,22%).
Trimestre
Em relação ao registrado no primeiro semestre de 2020, o IPCA-15 da região metropolitana de Salvador tem variação acumulada de -0,40%, acima do índice nacional de -0,58%, mas desacelerando em relação ao acumulado até maio (0,62%). Via G1.