Após paralisação de 4h, rodoviários de Salvador retomam serviço e ônibus voltam a circular

A paralisação geral dos rodoviários de Salvador, que começou às 4h desta segunda-feira (19), foi encerrada às 8h, e os ônibus começaram a circular pelas ruas da capital baiana. Apenas os coletivos da Concessionária Salvador Norte (CSN) seguem sem rodar.

Segundo o Sindicato dos Rodoviários, demora cerca de 30 minutos entre a saída dos ônibus das garagens e a chegada nos terminais.

A paralisação da categoria teve o objetivo de protestar e reivindicar o pagamento das verbas rescisórias dos rodoviários que pertenciam à CSN. Além disso, eles querem também ser incluídos na lista de prioridades da vacinação contra a Covid-19.

Após paralisação de 4h, coletivos voltaram a rodar na capital baiana — Foto: Camila Oliveira/TV Bahia
Após paralisação de 4h, coletivos voltaram a rodar na capital baiana — Foto: Camila Oliveira/TV Bahia

Para minimizar os efeitos da paralisação, a prefeitura de Salvador montou um esquema especial de transporte, com os ônibus do Subsistema de Transporte Complementar (Stec), também conhecidos como amarelinhos, dando apoio aos principais corredores de tráfego da capital baiana.

O secretário de Mobilidade de Salvador, Fabrizzio Muller, disse que após a retomada dos ônibus, os veículos da Stec seriam todos encaminhados para as regiões que a CSN cobre (Mussurunga, Av. Paralela e orla). Os coletivos da CSN fazem 66 linhas, em 50 bairros da capital.

Protestos

Na última sexta-feira (16), um grupo de rodoviários fechou a Avenida Vale do Tororó, na entrada da Estação da Lapa, para reivindicar o pagamento de valores acordados com a prefeitura e a CSN.

No período da tarde, após cerca de seis horas de paralisação, os rodoviários decidiram suspender o ato temporariamente. A categoria teve uma reunião com o prefeito de Salvador, Bruno Reis, a vice-prefeita, Ana Paula Matos, o advogado dos acionistas da CSN, três procuradores do município, além do secretário municipal de mobilidade Fabrízzio Müller.

Impasse

O impasse teve início no dia 27 de março, quando a Concessionária Salvador Norte (CSN) teve o contrato rescindido pela prefeitura de Salvador, após um relatório de uma auditoria apontar diversas irregularidades na gestão do contrato por parte da empresa. Segundo o prefeito Bruno Reis, o total da dívida acumulada da CSN é de R$ 516 milhões.

Com isso, a prefeitura anunciou que montaria uma operação emergencial de transporte buscando garantir o atendimento dos usuários do transporte público na bacia operada pela concessionária.

Em junho de 2020, a prefeitura de Salvador decretou a intervenção da CSN, após ser informada pelo Sindicato dos Rodoviários de que a concessionária vinha descumprindo acordo coletivo assinado com a categoria, além de atrasar constantemente o adiantamento salarial e o tíquete alimentação.

O decreto foi para manter o serviço e garantir os empregos dos 4,5 mil funcionários que atuam no sistema. Informações do G1.