AstraZeneca vai estudar eficácia de uso combinado de seu imunizante com vacina da Rússia

Foto: Javier Cebollada / EFE - EPA - Arquivo

A AstraZeneca, empresa responsável por uma das principais vacinas em desenvolvimento contra o novo coronavírus em parceria com a Universidade de Oxford, anunciou nesta sexta-feira (11) que vai investigar a possibilidade de combinação de seu imunizante com a vacina Sputnik V, desenvolvida pelo instituto russo Gamaleya.

Os dois imunizantes utilizam vetores virais — ou seja, um outro vírus que irá conduzir parte do material genético do vírus da covid-19 e fará o papel de indutor da resposta do sistema imunológico do corpo humano à contaminação. A ideia de combinação foi proposta pelos próprios desenvolvedores da vacina russa nas redes sociais.

Apesar de prometer uma eficácia de 95%, a Sputnik V não tem respaldo até o momento dado pela comunidade científica internacional, visto que os dados dos estudos feitos com o imunizante ainda não foram publicados em revistas científicas. Já a vacina da AstraZeneca/Oxford teve eficácia estimada em 90%, com todos os dados sendo divulgados em publicações da área.

O estado da Bahia possui acordos de testes tanto com a AstraZeneca/Universidade de Oxford quanto com o fundo soberano da Rússia (RDIF) — principal financiador da vacina Sputnik V. Além dos acordos de testes, a Bahia também já fechou um tratado que garante prioridade de compra e produção local de 50 milhões de doses da vacina russa caso ela seja autorizada e aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Informações do Correio.