Baiana denuncia golpe de clonagem de WhatsApp após ganhar prêmio falso em nome de restaurante

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Uma moradora de Salvador registrou queixa na delegacia após ter o WhatsApp clonado em um golpe envolvendo um prêmio falso em nome de um restaurante que ela conhecia. A mensagem chegou para ela por meio das redes sociais.

Jamile Matos contou que, na mensagem, os golpistas usaram a marca do estabelecimento. Com passos simples para o procedimento a possibilitaria ganhar o suposto prêmio, a mulher contou que não desconfiou que se tratava de golpe. Ela lembra a mensagem que os suspeitos escreveram.

“Prezado cliente, analisamos seu perfil em nosso Instagram de publicidade. O senhor ou senhora foi selecionado para saborear dois dos nossos melhores pratos por delivery, devido à Covid-19. Válido até dia 10/11. Nos informe seu nome completo e número com DDD para cadastrar sua comanda”, dizia o texto.

Depois de passar os dados e clicar em um link enviado pelos suspeitos, Jamile teve o WhatsApp apagado e não conseguia falar com ninguém, porque os golpistas já estavam se passando por ela no aplicativo.

“A gente fica pensando que nunca vai acontecer com a gente, mas qualquer pessoa está sujeita a isso”, Jamile.

As mensagens enviadas pelos golpistas eram sempre as mesmas: pedidos para fazer transferência e dinheiro emprestado, prometendo devolver no dia seguinte. Com cerca de 700 contatos no aplicativo, Jamile acha que ao menos 100 pessoas, entre amigos e familiares, foram contatados pelos suspeitos.

Um amigo dela já estava pronto para transferir R$ 10 mil, quando o marido de Jamile conseguiu alertar a tempo. Depois da situação, ela conseguiu resgatar o número, mas ainda não sabe se algum dos contatos chegou a cair no golpe.

“Foram muitas pessoas de meu ambiente falando que receberam a mensagem, mas a gente não sabe se alguém chegou a cair, se chegou a depositar. Quem ia depositar, quando pediu a conta, eles já não responderam mais. Eu creio que ali, eles [suspeitos] já tiveram uma noção de que a gente já sabia o que tinha acontecido”, conta ela.

As denúncias de golpes envolvendo redes sociais chegam ao Grupo Especializado de Repressão ao Crimes por Meios Eletrônicos.

A polícia já sabe que os golpistas usam vários meios para atrair as pessoas, como propagandas, ofertas de desconto em hospedagem e compras. O delegado João Roberto Cavadas explica como funciona o golpe.

“Iniciou-se com a confecção da clonagem do SIM card, ou seja, do chip propriamente dito, depois passou-se a clonar contas de WhatsApp e agora, através de um link malicioso, a pessoa fornece o código de autenticação do WhatsApp e a conta é clonada e o estelionatário passa a gerir a conta, fazendo usos indevidos com os contatos”. Informações do G1.