Balança comercial registra superávit de US$ 6,6 bilhões em agosto

Em agosto, a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 6,6 bilhões. Isso significa dizer que, no período, o país exportou mais do que importou. As exportações, no mês passado, somaram US$ 17,7 bilhões; e as importações, US$ 11,1 bilhões. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (1) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia.

“Esse saldo comercial de US$ 6,6 bilhões aumentou quase 70% (68,9%) em relação ao saldo de agosto do ano passado. É o melhor para meses de agosto da série histórica. O maior anterior havia sido em agosto de 2017, de US$ 5,6 bilhões”, disse o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Alves Brandão.

Mesmo com o superávit, o valor das exportações em agosto teve queda de 5,5% e as importações registraram um recuo de 25,1% em comparação ao mesmo período.

Acumulado de 2020

No acumulado deste ano, ou seja, de janeiro a agosto, a balança comercial registrou superávit de US$ 36,6 bilhões, 14,4% maior do que o saldo de 2019, que foi de US$ 32,2 bilhões. Segundo o Ministério da Economia, nos primeiros oito meses deste ano, o Brasil exportou US$ 138,6 bilhões e importou, US$ 102 bilhões.

Agropecuária

No mês passado, comparando com igual mês do ano anterior, o setor que mais se destacou nas exportações, pela média diária, foi o de Agropecuária, que registrou um crescimento de US$ 24,13 milhões, de 14,6%.

Exportações foram maiores para a Ásia

Segundo o secretário, em agosto, as exportações brasileiras para a Ásia tiveram destaque. “Cresceram 8,7%; e não só para a China. Pra China, apresentou um crescimento de 13,4%, mas ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático) também cresce bastante como destino das exportações brasileiras; e; no mês; houve aumento de 12,8%”, disse.

Previsão saldo 2020

A expectativa do Ministério da Economia para 2020 do saldo da balança comercial brasileira é de US$ 55,4 bilhões. “Isso significa um aumento de 15,2% em relação ao saldo de 2019”, disse Brandão. Esse resultado, segundo ele, deve ser revisto em setembro. “Faltam quatro meses para fechar o ano; e esses quatro meses vão pesar menos no resultado total do ano. Então, é possível que os resultados das quedas, tanto de exportação quanto de importação, sejam menores do que estamos projetando”, finalizou.