O número de multas envolvendo carros diplomáticos em 2018, no Distrito Federal, é mais do que o dobro de toda a frota de veículos com placa azul. Segundo o Detran, foram aplicadas 6.273 multas no ano passado, sendo que a frota é de 2.392 carros.
Os veículos atendem a diplomatas e funcionários das embaixadas instaladas na capital. Considerando os números de 2019, até junho foram emitidas 2.072 autuações contra motoristas que dirigem os veículos diferenciados.
Infrações mais cometidas
- Excesso de velocidade
- Estacionamento irregular
- Uso de celular ao volante
Quem paga?
Desde 2009, os diplomatas têm que pagar diretamente pelas multas. Até então, elas iam para o Itamaraty, que depois repassava para os infratores.
De acordo com o Itamaraty, a Convenção de Viena – documento que estabelece as regras da diplomacia – estabelece que não há justificativa para o desrespeito às leis locais, incluindo a do Código de Trânsito.
Mas, segundo o Detran, metade das multas aplicadas no Distrito Federal, em 2018, não foram pagas.
Mesmas regras?
Segundo o porta-voz do Detran do Distrito Federal, Glauber Peixoto, em caso de embriaguez, “a regra é igual para todos os condutores”.
“Pode ser lavrado o ato [de infração] pela recusa do bafômetro ou pelo teste [indicando álcool no corpo]”, afirma.
“Em caso de prisão, o agente encaminhará o diplomata pra delegacia e o delegado tomará as providências necessárias.”
Ainda assim, existem diferenças em comparação com o motorista comum. Por exemplo, o carro do diplomata não pode ser apreendido, ou seja, mesmo em situação irregular, os agentes de trânsito não podem guinchar e nem levar o veículo para um depósito. As informações são do G1 Brasília.