Cesta básica ficou mais cara durante pandemia, aponta levantamento; feijão e batata têm maiores aumentos

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Um levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nessa segunda-feira (27/4), mostra que houve aumento nos preços de itens de cesta básica durante a pandemia do novo coronavírus. O aumento médio da inflação na cesta básica foi de 1,86%, consideranto o período entre 23 de março e 22 de abril. O levantamento anterior, entre 8 de fevereiro e 7 de março, mostrava queda de 0,06%.

Entre os destaques citados pela FGV estão o aumento do arroz (de 1,16% para 2,77%); feijão carioca (1,45% para 8,62%) e batata-inglesa (de 0,33% para 13,69%). No caso de frango inteiro, houve diminuição de ritmo de deflação (de -1,97% para -1,01%), no mesmo período. Os ovos, que já haviam subido 7,21%, continuaram subindo 6,57%, pois houve um aumento do consumo desse item no período da quaresma.

Responsável pelo levantamento, o economista André Braz da FGV comentou a revista Valor Econômico que as famílias estão comendo mais em casa. “As famílias passaram a fazer todas as refeições em casa – café, almoço e janta. E pedir comida em restaurante custa mais caro. Então a melhor opção é comprar no mercado, mesmo que se pague um pouco mais nesse momento”, explicou. Com muita gente procurando pelos alimentos, eles tendem a ficarem mais caros. 

Os efeitos sazonais e a alta do dólar também tiveram influência. “Tivemos uma safra de feijão menos expressiva. Por isso os preços avançaram tanto”, observou ele. Do Aratu on.