Citado em delação na Faroeste, Mauricio Barbosa assume posto na Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários na PF

Maurício Barbosa, ex- secretário de Segurança Pública da Bahia - Foto: Reprodução

Ex-secretário de Segurança Pública, Mauricio Barbosa voltou à Polícia Federal na última segunda-feira (29/11) para assumir um cargo na Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz), em Salvador.

A informação foi confirmada nesta quarta (1/12) ao Aratu On pelo advogado de Barbosa, Thales Habib.

Barbosa é delegado federal há 19 anos e sua nova unidade na PF é a responsável, entre outras atribuições, pela fiscalização e pelo combate a crimes tributários.

Titular da SSP nos governos Jaques Wagner e Rui Costa, o delegado foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) no início de julho sob acusação de obstruir investigações contra envolvidos na Operação Faroeste, que apura um esquema de venda de sentenças no Oeste da Bahia.

Suspeito de comandar uma central de interceptações, Barbosa teve suas conversas apreendidas pela PF. 

Ele também foi citado em uma delação da desembargadora Sandra Inês Moraes Ruscolelli Azevedo, assinada em maio de 2020. Ela aponta que Barbosa ajudou a montar o chamado Gabinete de Segurança Institucional – utilizado para “coerção e coação contra quem afrontava os interesses” de desembargadores e aliados. 

“Maria do Socorro também tratou acerca da decisão, pelo menos duas vezes, uma pelo WhatsApp e outra no Gabinete, pedindo que a decisão fosse em favor de Saul Dorigon – o que beneficiaria o falso Consul [Adailton Maturino]. Caso aceitasse a proposta, ela afirmou que conseguiria arquivar a investigação sobre a rachadinha, através do Secretário de Segurança Pública Maurício Barbosa, que sempre deu suporte ao presidente Gesivaldo, além de ser muito amigo da Desª SOCORRO”, diz trecho da delação. 

Afastado em dezembro após a investigação, o ex-secretário foi exonerado pelo governador Rui Costa (PT) logo em seguida. 

Em outubro, Habib ainda afirmou à reportagem que Barbosa “não tem o que delatar” à Procuradoria-Geral da República (PGR). Informações do Portal Aratu on.