Cerca de 100 famílias que ocupavam a 21 dias a antiga sede do Hospital Couto Maia, no bairro de Monte Serrat, em Salvador, foram retiradas do local na manhã desta sexta-feira (20) pela Polícia Militar. “Despejaram a gente. Pegaram todos no sono. Foi muito rápido. Colocaram gás lacrimogêneo. Estão querendo levar uma parte de nossas coisas para um galpão”, relatou um dos moradores da ocupação ao portal Correio.
O prédio do antigo Couto Maia, onde funcionará o primeiro hospital de Cuidados Paliativos da Bahia, estava ocupado desde o dia 30 de novembro.
Em nota, o Governo do Estado informou que desde o dia do início da ocupação ‘negociava a saída dessas pessoas do prédio público, que armazena cerca de R$ 25 milhões em equipamentos e materiais cirúrgicos utilizados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) para realização dos Mutirões de Cirurgias’.
O prédio do antigo Couto Maia está em processo licitatório para reforma e adaptações para implantação do Hospital Estadual de Cuidados Paliativos.
Dentre as famílias que estavam no local, segundo o governo do estado informou em nota, 25 são beneficiadas com o Aluguel Social, custeado pelo próprio governo. “Elas aguardam, dentro do prazo de entrega ainda vigente, as suas unidades habitacionais, asseguradas durante o processo de negociação pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur). Assistentes sociais desta secretaria realizaram o levantamento situacional das demais famílias, acompanhados pelas lideranças do movimento, a fim de possibilitar a inclusão delas no Cadastro Estadual da Casa da Gente”, destacou o governo.
Na nota, o governo informou que a desocupação foi ‘uma ação pacífica com apoio da Polícia Militar da Bahia’. Em contato com o CORREIO, a Secretaria de Comunicação Social do Governo do Estado informou que ‘não houve uso de bomba na operação do Couto Maia’ ao contrário do que informaram os moradores. Informações do Correio.