A reunião para julgar as contas referentes ao ano de 2020 do Vitória, agendada para o dia 23 de agosto, também vai apreciar um pedido de afastamento de todo o Conselho Diretor do clube, incluindo o presidente Paulo Carneiro.
O pedido de perda do mandato foi protocolado pelo presidente do Conselho Fiscal, Jailson Reis. Em contato com a reportagem do ge, ele preferiu não entrar em detalhes sobre o que motivou o pedido.
Presidente do Conselho Deliberativo, Fábio Mota confirmou que a denúncia será levada ao Plenário na reunião do dia 23, mas também não adiantou o assunto, já que todos os conselheiros precisam tomar conhecimento do tema antes da divulgação.
Quando a denúncia for submetida aos conselheiros, não há possibilidade de adiamento, de modo que a decisão será tomada no dia do encontro.
Os bastidores da reunião para apresentação de contas da gestão Carneiro esquentaram na semana passada, quando três membros do Conselho Fiscal decidiram renunciar.
De acordo com Jailson Reis, a manobra foi uma tentativa de “implodir” o órgão, no entanto, a reunião irá acontecer de qualquer maneira.
– A saída deles aconteceu tão somente para implodir o Conselho Fiscal, para que as contas não fossem apresentadas… Como o Conselho Diretor impediu isso por três vezes, não apresentando documentos. Mas, de qualquer forma, essa apresentação será feita nesse dia. Só não acontecerá se a Justiça determinar que não, o que não acredito que vai acontecer – afirmou o presidente do Conselho Fiscal do clube.
Crise política
Com o Vitória em situação delicada dentro e fora de campo, Paulo Carneiro tem sido pressionado para deixar o cargo. Em julho, o ex-presidente do clube e ex-aliado Alexi Portela cobrou a renúncia do atual mandatário, que garantiu que não vai pedir para deixar o cargo.
Dias depois, um grupo de oposição criou uma campanha para convocar de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) com o objetivo de destituir Paulo Carneiro do cargo. A atitude foi criticada pelo presidente.
Paulo Carneiro é o quinto presidente diferente do Vitória nos últimos seis anos. Os últimos dois, Ivã de Almeida e Ricardo David, renunciaram ao cargo após forte pressão política. Antes deles, a situação também aconteceu com Carlos Falcão, em 2015. Informações do Globo Esporte.