Deputada solicita ao STF o afastamento de Ednaldo Rodrigues da CBF

Foto: arquivo/Carlos Santana/FBF

A deputada federal Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) protocolou uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O pedido questiona a legalidade do acordo que garantiu a permanência do dirigente no cargo e levanta suspeitas sobre a autenticidade de uma das assinaturas que ratificaram o documento.

O Que Está Sendo Questionado?

A parlamentar argumenta que a assinatura do ex-presidente da CBF, Antônio Carlos Nunes, conhecido como Coronel Nunes, no acordo homologado pelo STF em fevereiro, pode ter sido falsificada. Um laudo pericial anexado à petição aponta que a assinatura diverge das características pessoais do ex-dirigente, levantando dúvidas sobre sua autenticidade. Além disso, um laudo médico de 2023 indica que Nunes não possuía condições físicas e cognitivas para validar qualquer documento naquele período.

Outro ponto polêmico envolve um suposto conflito de interesses na decisão do ministro Gilmar Mendes, que concedeu a liminar permitindo o retorno de Ednaldo Rodrigues ao cargo. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) cobrou investigação sobre um contrato entre a CBF e o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), fundado por Mendes. Segundo Girão, essa relação levanta questionamentos sobre a imparcialidade do ministro no caso.

O Impacto da Petição

Caso o STF aceite o pedido da deputada, Ednaldo Rodrigues pode ser afastado da presidência da CBF, o que abriria espaço para uma nova disputa pelo comando da entidade. A decisão pode afetar diretamente a gestão do futebol brasileiro, incluindo a escolha do próximo técnico da Seleção Brasileira, que segue indefinida desde a saída de Dorival Júnior.

A CBF, por sua vez, afirmou que não teve acesso formal ao laudo pericial e classificou a petição como uma tentativa de “espetacularização midiática”. O caso será analisado pelo ministro Gilmar Mendes, relator do processo no STF, que decidirá sobre a validade do pedido e a possível revisão do acordo que garantiu a permanência de Rodrigues no cargo.

O julgamento da ação está previsto para 28 de maio, e o desfecho pode redefinir os rumos da CBF e do futebol brasileiro.