Direita Vence Legislativas em Portugal

Arquivo pessoal

Nas eleições legislativas de 18 de maio de 2025, Portugal presenciou uma transformação significativa em seu cenário político, com a ascensão da direita tradicional e o crescimento expressivo do partido Chega. A Aliança Democrática (AD), liderada por Luís Montenegro, obteve 32,7% dos votos e conquistou 89 cadeiras no Parlamento, consolidando-se como a principal força política do país. No entanto, a AD não alcançou a maioria absoluta, o que dificulta a formação de um governo estável sem apoio de outras legendas.

O Chega, partido de extrema-direita fundado em 2019 e liderado por André Ventura, obteve 22,6% dos votos e 58 cadeiras, empatando com o Partido Socialista (PS) de Pedro Nuno Santos. Esse resultado representa um aumento significativo em relação às eleições anteriores, quando o Chega possuía apenas 12 cadeiras. A ascensão do Chega reflete uma crescente insatisfação popular com os partidos tradicionais, especialmente após escândalos de corrupção e questões relacionadas à imigração e segurança pública.

Em resposta à derrota histórica, Pedro Nuno Santos anunciou sua renúncia à liderança do PS e convocou eleições internas para escolher seu sucessor. Ele reconheceu a derrota e alertou sobre o avanço da extrema-direita, descrevendo-a como cada vez mais violenta e agressiva, e afirmou que deve ser combatida sem complacências.

Apesar do crescimento do Chega, Luís Montenegro descartou qualquer possibilidade de aliança com o partido de extrema-direita. Ele afirmou que a AD buscará governar com apoio de outras forças políticas, sem recorrer ao Chega, visando garantir estabilidade e evitar a radicalização do governo.

O cenário político em Portugal permanece instável, com desafios significativos para a formação de um governo funcional. A ascensão da direita tradicional e o crescimento do Chega indicam uma mudança no comportamento eleitoral dos portugueses, refletindo preocupações com segurança, imigração e desconfiança nas instituições políticas estabelecidas.

A situação política continua a evoluir, e as próximas semanas serão decisivas para determinar a direção que Portugal tomará em seu governo e políticas públicas.