O dólar opera com instabilidade nesta segunda-feira (28), com os investidores digerindo a proposta da segunda etapa da reforma tributária do governo e de olho nos novos desdobramentos na CPI da Covid.
Às 14h57, a moeda norte-americana recuava 0,04%, cotada a R$ 4,9355.
Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 0,70%, a R$ 4,9377, mas acumulou queda de 2,58% na semana. No mês, o recuo é de 5,49%. Em 2021, já caiu 4,81%.
Cenário
No exterior, as atenções dos mercados estavam voltadas principalmente para a disseminação global da variante Delta do coronavírus.
Por aqui, os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para 2021, de 5,90% para 5,97%, segundo pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central. Para a taxa básica de juros (Selic), a estimativa para o fim do ano foi mantida em 6,50% ao ano.
Para o PIB (Produto Interno Bruto), a projeção de crescimento para o ano subiu de 5% para 5,05%. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 permaneceu em R$ 5,10.
A confiança da indústria subiu em junho pelo 2º mês seguido, para o maior nível desde fevereiro, conforme divulgou a Fundação Getulio Vargas.
Em Brasília, a cúpula da CPI da Covid apresentou requerimento para prorrogar os trabalhos da comissão e acredita já ter as 27 assinaturas de senadores necessárias. Na sexta-feira, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) afirmou em depoimento que o presidente Jair Bolsonaro citou nominalmente o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), ao ouvir denúncias de irregularidades na compra da vacina Covaxin.
Um dos focos da CPI da Covid no Senado é investigar se o governo federal estimulou o contágio intencional da doença no país. Em outra frente, a comissão apura suspeitas de irregularidades na aquisição da vacina indiana Covaxin.
No radar dos investidores também está a tramitação da segunda etapa da proposta de reforma tributária, apresentada pelo governo na sexta-feira.
Para o analista da Terra Investimentos, Régis Chinchilla, a proposta não deve ser aprovada da forma em que foi apresentada ao final da semana passada. “São esperados alguns debates, não devendo sair da mesma maneira que chegou”, avalia. Informações do G1.